Capítulo 5

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Park Sunghoon.
Quarta-feira, 20 de março.

Era mais um dia normal na escola, eu já tinha praticamente desistido do suéter já que Misuk era provavelmente a pessoa mais teimosa que eu já conheci, isso levando em consideração que eu a conheço fazem menos de uma semana, impressionante. Eu estava em um jogo de basquete de Jake e Heeseung, Jay não estava lá, eu estava apenas sentado lá, sozinho, sentindo saudades do meu suéter quentinho. Pode parecer besteira, mas eu realmente gostava do suéter e era estranho sentir falta de um objeto inanimado.

—Sunghoon?— Jay apareceu. —Tem uma garota sentada no muro atrás de você.

—Que?— Fiquei confuso. —Quem é?

—Não sei, não vi, mas disseram que ela tá com o uniforme da escola da irmã do Heeseung.

—Do Yungseong?

—Sim, isso mesmo.— Ele fez que sim. —Como que uma garota consegue subir um muro de dois metros?

A única pessoa que eu conhecia que era do Yungseong e seria capaz de subir um muro de dois metros com certeza não era a irmã do Heeseung, com certeza era Misuk. Rapidamente me levantei, indo o mais rápido possível para o pátio onde um grupo de pessoas estava aglomerando perto do muro, onde pude ver Misuk se sentando lá em cima.

—Oh Misuk! Você é louca?— Exclamei, as pessoas abriam espaço para mim. Notei que ela estava com o suéter amarrado a sua cintura.

De repente, Misuk desamarrou meu suéter de sua cintura e jogou ele na minha direção, eu o peguei rapidamente, ainda muito confuso com toda a situação.

—Qual é o seu problema? Esse suéter não era o seu?

Não obtive resposta, apenas senti uma chave acertar minha testa e cair no chão, pude jurar que aquele objeto estúpido de metal havia deixado uma marca. Fiquei de cócoras, pegando a chave do chão e olhando para Misuk confuso.

—Que merda é essa?

—Coloca o meu suéter no meu armário da academia, eu não tenho muito tempo pra explicar.— Ela disse, ainda sentada no muro. —E vê se não tenta me roubar de novo.

Eu ia falar algo em resposta, mas Misuk apenas pulou para o outro lado, então não a vi mais. Suspirei, olhando para o meu suéter, finalmente em minha mãos de novo, fiquei um pouco aliviado. Mas então minhas paranóias se ativaram, e se algo estivesse de errado naquele suéter? Não era novidade para mim de que Misuk era desajustada, digamos assim, e meu lado paranóico dizia que tinha algo de errado com o suéter. Sem pensar muito, meu primeiro instinto foi simplesmente cheirar o meu suéter, nada além de um cheiro de perfume da Moranguinho (que eu reconhecia porque minha irmãzinha usava ele direto, muito bom inclusive) deixando minhas paranóias diminuírem. Como tudo parecia bem, coloquei meu suéter no corpo, finalmente, tudo parecia melhor.

—Meu Deus, o que aconteceu?— Heeseung, todo suado apareceu correndo junto com Jake e Jay.

—Por que sua testa tá vermelha?— Jake riu.

—Uau, seu suéter voltou.— Jay pareceu segurar o riso. —Isso por um acaso foi obra da Oh Misuk?

—De quem mais seria?— Baguncei meu próprio cabelo. —Ela subiu no muro, jogou o suéter e a chave do armário dela pra mim, pra eu devolver o suéter dela ou qualquer coisa.

—Uau, ela parece ser uma pessoa bem interessante.— O Lee acenou de leve com a cabeça enquanto cruzava os braços.

—Ela é só uma louca sem filtro que fala qualquer coisa que vem na cabeça e dá chaves de braço nas pessoas.— Bufei. —Consigo sentir o braço dela no meu pescoço até agora.

Sweater WeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora