Capítulo 24

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Park Sunghoon.
Segunda-feira, 1 de julho.

Férias, finalmente, eu não aguentava mais, ninguém aguentava mais. Agora ao invés de ter que estudar e me preocupar com as minhas competições de patinação artística, eu tenho que me preocupar apenas com minhas competições. Acordei pela manhã com batidas a porta, o relógio do meu telefone dizia ser dez horas da manhã, me levantei colocando meu celular no bolso, ainda um pouco grogue enquanto me arrastava até a porta, antes de abri-la, dando de cara com a minha mãe.

—Bom dia, docinho.— Ela sorriu ficando de ponta de pé para bagunçar meus cabelos (que por sinal não deveriam estar muito arrumados).

—Bom dia, mãe.

—Está de férias agora, deve ter dormido tarde, né?

—É, acho que sim.— Respondi esfregando os olhos.

—O Heeseung me ligou.

De repente fiquei mais atento, talvez até mais acordado, isso nunca era um bom sinal. Meus amigos todos tinham o número da minha mãe, porque caso eu não quisesse sair, eles conseguiam convencer minha mãe a me fazer ir, mas Heeseung era o pior, quer dizer, me arrisco a dizer ter seu amigo que flerta até com as árvores ligando para sua mãe, não é uma das melhores experiências, me dava um mau pressentimento.

—O pai dele tem uma van, e tem um parque de diversões novo na cidade, os meninos queriam que você fosse.— Minha mãe explicou. —E você poderia levar Yeji também, ela precisa sair de casa mais vezes.

—Mãe, você sabe que essas coisas não são de graça, né?— Esfreguei os olhos, tentando convencê-la de desistir da ideia.

—Sei, vou dar dinheiro pra vocês dois, o ingresso do parque não é tão caro.— Ela deu de ombros. —Já falei com Heeseung, eles vão te buscar depois do almoço.

Tentei argumentar, mas minha mãe se virou e foi embora antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Suspirei, percebendo que eu não tinha opção além de ir, internamente torcendo (ou não) para que Misuk estivesse lá, por incrível que pareça, desde aquele dia na boate, eu tenho me sentido estranho toda a vez que chego perto dela.

Não um estranho: "credo, que garota estranha".

Mas um estranho tipo: "desde quando Oh Misuk é tão bonita?"

E por um algum motivo, esse sentimento é bom, bom até demais.

(...)

O dia estava quente de forma que até minha camiseta preta com a logo do The Neighbourhood e bermuda também preta me faziam ficar com calor. Eu e Yeji estávamos esperando em frente a nossa casa, eu tentava me abanar com o tecido da minha camiseta. De repente, uma van parou em frente a nós, a janela do banco do passageiro se abriu, revelando Heeseung, que mantinha um sorriso.

—Eai Sunghoon, eai Yeji.— Ele disse.

—Oi.— Respondemos em uníssono.

—Entrem, já tá todo mundo aí.

Nós abrimos a porta da van, vendo que o veículo já estava um caos. Heeseung estava sentado ao lado do pai dele, Jay e Jake um ao lado do outro, quase caí para trás quando vi Yeeun e Mirae, uma ao lado da outra, olhei relutantemente para o banco de trás, Misuk estava sentada, sozinha, com dois assentos livres ao seu lado.

"Ah Sunghoon, mas você não torceu para que Misuk viesse" sim e não.

Quer dizer, estou confuso.

Sweater WeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora