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Ambos os jovens se encaravam como se estivessem em uma competição para ver quem desviava o olhar primeiro, e seus corpos estavam tão próximos que podiam sentir o calor um do outro os aquecer no frio que fazia no bosque

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Ambos os jovens se encaravam como se estivessem em uma competição para ver quem desviava o olhar primeiro, e seus corpos estavam tão próximos que podiam sentir o calor um do outro os aquecer no frio que fazia no bosque. Minho estava com raiva, raiva da imprudência de Violett, raiva por ela querer se arriscar tanto e, principalmente, por não pensar naqueles que deixaria para trás.

Violett estava frustrada com a falta de confiança que o corredor tinha nela. Afinal, ela não foi em busca dele para pedir sua permissão, e sim para ter seu apoio, já que ele, mais do que ninguém, sabia que ela era a melhor daquele lugar.

- Não seria uma líder se não tivesse em quem mandar, esse lugar não se mantém de pé só com a sua mente, trolha!

- Acha que não sei, seu idiota? A Clareira só existe porque existem regras, porque tem quem aplicá-las e, principalmente, manter esse lugar em ordem. Eu já tomei minha decisão, e nem você e nem ninguém pode mudá-la.

- Será mesmo? - Um sorriso vitorioso estampa seu rosto e a mesma faz uma expressão confusa. Minho sabia exatamente o que fazer nessa situação, e dessa vez, Violett não poderia refutar. Uma das mãos do garoto vai em direção a um dos fios de cabelo da garota e ele o enrola em seu dedo sem desviar o olhar dela.

Violett sentiu um arrepio sob o olhar intenso do clareano. Ela sempre ficava assim, se sentia envergonhada com a intensidade com que ele a tratava e fazia questão de deixar isso claro. Agora que estavam calados, apenas com essa troca de olhares hipnotizante, ela percebeu o quão próximos estavam, principalmente por sentir a respiração do garoto em seu rosto.

Minho se aproxima do pescoço de Violett até estar próximo o suficiente para sentir sua pele em seus lábios. Ele inspira todo o ar possível, sentindo sua fragrância, e sorri com o cheiro viciante que vem dela. Não deixa de notar o quanto seu peito subia e descia, o quanto suas bochechas estavam coradas, e muito menos o quanto seu corpo parecia mais quente do que nunca naquele bosque escuro e frio onde só os dois estavam.

Ele levanta o olhar para a mesma enquanto deixa leve selares em seu pescoço e ela arfa apertando a lateral de seu braço que estava flexionada.

- O que tá fazendo, Mértila? - Sua voz sai como um sussurro.

- Não estou fazendo nada, Violeta. - Uma risadinha escapa de seu lábios e ele aproxima sua boca do ouvido da morena. - Eu convoco uma conclave pra decidir se a princesinha vai ou não passar a noite no labirinto.

Maldição! Como poderia ser tão odioso e tão sexy ao mesmo tempo? Sua voz saiu tão grave que Violett sentiu todos os pelos de seu corpo se arrepiarem, e no momento não sabia se a tensão que estava sentindo era de raiva por ele ter proposto algo irrecusável ou se era a tensão sexual que existia entre os dois.

Com uma mão em seu peito ela o empurra o olhando com total desprezo e sorri desacreditada.

- Não se ache tanto. - Anda em passos lentos até o mesmo e aproxima seus rostos até estarem com as pontas do nariz se encostando. - Tá apaixonado, trolho? - Uma risadinha provocativa sai de sua boca. - Já que quer tanto me provocar, eu vou fazer questão de você desejar nunca ter se metido nessa comigo.

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