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Em meio à escuridão sufocante, fui arrastada para um laboratório escuro, onde a frieza do metal e o cheiro de produtos químicos impregnavam o ar

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Em meio à escuridão sufocante, fui arrastada para um laboratório escuro, onde a frieza do metal e o cheiro de produtos químicos impregnavam o ar. Ao adentrar aquele lugar sombrio, meus olhos se depararam com uma visão aterrizadora: cápsulas de água translúcidas alinhadas, cada uma abrigando um amigo querido. Seus rostos contorcidos em agonia, seus corpos se debatendo em desespero, mas suas vozes silenciadas pela água que os aprisionava.

Imobilizada em uma maca de metal gelada, observava a cena com um misto de horror e incredulidade. As memórias enterradas no mais profundo recanto da minha mente começavam a ressurgir, de quando eu ainda era cobaia do cruel, como ondas tumultuadas que ameaçavam me afogar. E então, ele surgiu da penumbra, Janson, meu maior ódio, com seus olhos frios e seu sorriso cruel.

- Você achou que poderia escapar, Violett? - Sua voz ecoou ao meu redor, carregada de desprezo e ódio. - Mas aqui está você, indefesa e vulnerável, como sempre foi.

A raiva queimava dentro de mim, alimentando minha enorme vontade de chutar seu saco e sua cara ao mesmo tempo. Cada palavra que ele proferia era como uma provocação, um desafio que eu estava disposta a fazê-lo engolir. Encarei Janson com olhos faiscantes de fúria, minha postura firme e inabalável, pronta para confrontar o meu passado e os demônios que ele representava, sendo o cara de rato o maior deles.

- Você pode me enviar para o labirinto, pode tentar me quebrar e me destruir. Mas saiba que isso não vai anular todas as vezes que eu te derrotei, e que você não passa de um perdedor.

O homem franziu o cenho, sua expressão transformando-se em uma máscara de fúria contida, e logo um tapa foi desferido em meu rosto, me fazendo soltar uma risada debochada.

- Você é uma tola. Acha que pode desafiar o destino que tracei para você? Vou fazer questão de mandá-la para o labirinto primeiro, só pra garantir que você sofra mais, que cada passo que vá dar, seja uma agonia sufocante. E agora, é tarde demais pra fugir. É minha marionete, e vou cortar suas cordas uma a uma, até que não sobre nada além de um mero fantoche nas minhas mãos.

As palavras do homem ecoavam no laboratório, penetrando fundo na minha alma. Me lembrava o motivo de estar aqui, a traição de Teresa e Aris, se verdadeira, que seria uma ferida profunda, uma cicatriz que jamais se fecharia. A dúvida e a desconfiança se instalaram em meu coração, misturando-se à raiva que eu sentia no momento.

- Você realmente achou que Teresa e Aris estavam do seu lado, Violett? Que ingenuidade a sua. Ambos traíram você e seus amigos, conspirando nas sombras para garantir a sua queda. Você confiou neles cegamente, e olhe só onde isso te trouxe: presa em minhas garras, à mercê do destino que tracei para você.

A determinação de Janson em enviar-me ao labirinto, mesmo ciente de sua história de derrotas diante de mim, revela a profundidade de sua crueldade e a obsessão em subjugar sua maior adversária. A gostosona aqui.

- Acha que pode me abalar com suas mentiras e manipulações, Janson? - Retruquei, minha voz carregada de provocação. - Teresa e Aris podem ter seus próprios motivos, mas eu sei em quem confiar. Nossos laços vão além de traições e jogos de poder. E se eles realmente viraram as costas para nós, então que enfrentem as consequências de suas escolhas.

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