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- Parece uma psicopata me olhando dormir

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- Parece uma psicopata me olhando dormir. - Comenta ainda de olhos fechados. Ao escutar sua voz, a garota se pôs a tirar a mão de sua cabeça, mas ele colocou de volta a fazendo voltar aos movimentos circulares. - Não para, tá muito bom.

- Você é muito folgado, pedaço de plong. - Solta uma risada.

- Mas você gosta. - Abre os olhos encarando a iris da mesma.

Era impressionante como sua beleza refletia na força e coragem que tinha ao liderar clareira.

Violett tem a pele com um leve bronzeado, resultado de sua rotina diária de correr pelo labirinto. Seus cabelos tão longos e negros, destacavam-se com seus olhos azuis extremamente intensos. Sua boca era desenhada e transmitia sentimentos estranhos em Minho. Ela tinha uma presença marcante, como se fosse um farol no meio do caos da Clareira.

- Hoje você não vai pro abatedouro. - Exclama se levantando e indo escovar os dentes.

Ele a olhou confuso, afinal, foi ela mesma que havia dado a punição de o fazer trabalhar naquele lugar mediocre que ele tanto odiava. Após secar seu rosto, ela colocou o colete que os corredores usavam, e junto com ele, o cilindro que havia achado no labirinto.

- A gente tem mais coisas pra se preocupar do que uma simples punição idiota. Hoje vamos correr e tentar descobrir uma saída com aquela belezinha que eu encontrei no verdugo.

- Por que eu?

- É o mais experiente depois de mim. - Dá de ombros. - Se arruma rápido que a gente já vai. - Termina o deixando sozinho na cabana.

Se Violett tinha decidido ignorar a punição, significava que estava mais do que determinada a sair daquele lugar, o que quer dizer que muito provavelmente passaria a se concentrar mais do que deveria em criar um plano pra saírem dali. A Clareira ficaria um caos.

Após ter feito as necessidades e ter saído pra fora, ele avistou a morena conversando com Alby, que por sua vez parecia concordar com que ela acabará de falar.

- Vamos? - Pergunta ao se juntar a ambos.

- Sim. - Exclama se virando pra sair. - Conto com você, Alby.

[...]

Já era de tarde e não faltava muito pro labirinto se fechar. Violett e Minho ainda não haviam retornado, diferente dos outros corredores que já estavam todos lá. E algo que todos haviam estranhado era que chovia.

Os Clareanos sentiam uma tensão no ar à medida que a chuva começava a cair, um fenômeno completamente inédito na clareira. A atmosfera pesada e carregada de preocupação se intensificava à medida que Minho e Violett não retornavam, como se a própria tempestade anunciasse um presságio sombrio.

Eles sabiam, instintivamente, que aquela chuva não era apenas uma mudança climática casual. Era como se o próprio labirinto estivesse tentando comunicar algo, e a ausência dos dois corredores só reforçava essa sensação de infortúnio iminente.

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