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Sendo guiados por Harriet, após o acontecimento, os amigos foram conduzidos a uma base clandestina escondida no centro da montanha. Ao chegarem, depararam-se com um cenário impressionante: uma extensa área cercada por barracas improvisadas, cada uma decorada de forma única com tecidos coloridos e lanternas tremulantes. O aroma tentador de especiarias e ervas exóticas pairava no ar, proveniente das fogueiras crepitantes onde eram preparadas iguarias locais.

Grupos de pessoas de diferentes origens se reuniam em círculos, compartilhando histórias e risadas ao redor das chamas dançantes. O ambiente pulsava com uma energia contagiante, repleto de cores vibrantes, sorrisos calorosos e uma sensação de comunidade e união palpável. Aquele era o Braço Direito.

- Deram sorte de nos acharem agora, vamos nos mudar ao amanhecer. - Sonya fala. - Cadê o Vince?

- Quem é Vince? - Violett indaga. A garota estava com um trapo precionando a hemorragia em seu ombro, e todos eles estavam logo atrás de Sonya e Harriet.

- É ele quem decide se vocês ficam, ou não.

- Entendi, o chefão. - Solta um riso nasalado. - Pensei que o Braço Direito fosse um tipo de exército.

- E nós éramos. - Um homem alto, pele branca e cabelo loiro, fala ao se aproximar. Violett logo o reconheceu como o homem que estava atirando em si e em seus amigos mais cedo. - É tudo que resta de nós. Muita gente boa morreu pra nos trazer até aqui. Quem são eles? - Indaga para Harriet.

- São imunes. Estavam subindo a montanha.

- Já verificou?

- Conheço ele, o Aris. - Aponta para o garoto loiro. - Confio nele.

- Mas eu não. Verifica. - Ele ordena olhando todos com desconfiança.

- Droga... - Violett sussurra baixo olhando para Brenda que soltava suspiros a cada dois segundos. Sua aparência estava doente e já mostrava claros sinais da transformação.

Ela sabia que uma coisa era ser completamente ferido por aqueles monstros bem no meio do deserto, como foi com Winston. Mas Brenda poderia ter salvação, ela tinha sido mordida, mas a transformação estava lenta, e já haviam alcançado o Braço Direito. No fundo, tinha esperanças que pudessem ajudar a garota, que embora tivesse conhecido a poucos dias, já havia criado uma certa afinidade.

- Brenda! - Jorge exclama correndo até a mesma, que havia acabado de cair no chão parecendo não conseguir respirar.

- O que é isso? - Vince se aproxima a olhando desconfiado, mas antes que pudesse se aproximar, Violett se coloca em sua frente.

- Ela tá doente, só isso.

- Conta outra. - Tenta passar, mas novamente ela se coloca em sua frente.

- Ela tem câncer, não tá vendo o cabelo curto e a cara de quem vai morrer a qualquer segundo?

- Sai da frente. - Ele a empurra pro lado e pega uma arma apontando para Brenda, que se encontrava nos braços de Jorge. - Ela é um Crank!

- Não, não, não, não! Acabou de acontecer, tá legal? Ela ainda...

- Não deveriam ter trazido ela pra cá! - Responde, olhando Thomas indiferente. - Se os Cranks entrarem agora, o refúgio não dura uma semana!

- Eu entendo, tá legal? Também faria de tudo pra proteger os meus. - A Clareana se aproxima ficando na frente de ambos "pai e filha" no chão. - Mas a gente imaginou que vocês pudessem ajudar. Deve poder fazer alguma coisa.

- É, eu posso. - A olha apreensivo, fazendo a mesma soltar um suspiro de alívio. - Acabar com o sofrimento dela.

- Não! NÃO! - Jorge grita o olhando de forma furiosa, já que agora era segurado por dois dos homens de Vince.

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