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Na escuridão da noite, o grupo se encontrava distante de onde haviam deixado Winston para trás

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Na escuridão da noite, o grupo se encontrava distante de onde haviam deixado Winston para trás. Abrigados precariamente, uma pequena fogueira oferecia um calor escasso, apenas o suficiente para afastar o frio implacável que os envolvia. A fome e a sede se tornavam companheiras incômodas, lembrando-os da dura realidade de sua situação.

As palavras de Janson ecoavam na mente de todos, ressaltando a ameaça constante que pairava sobre eles. Os Cranks, criaturas temidas e impiedosas, representavam um perigo iminente, mas era o clima impiedoso do deserto que se revelava como um adversário silencioso e implacável. Se os Cranks não os encontrassem, a natureza hostil  do ambiente poderia se tornar o algoz que os levaria à ruína.

- Achei que éramos imunes. - Minho comenta em meio ao silêncio que pairava sobre todos.

- Nem todos nós... Eu acho.

- Se o Winston foi contaminado, talvez também role com a gente, né? - Newt exclamou logo após Teresa.

- Eu nunca pensei que diria isso... - Violett engole seco. - Saudade da Clareira.

Ao se depararem com o novo mundo pós-apocalíptico, Violett e seus companheiros foram tomados por uma mistura avassaladora de emoções. A incredulidade diante da paisagem desolada e distópica que se estendia diante deles despertou um sentimento de choque e desamparo. A esperança que nutriam ao sonhar com a liberdade foi substituída pela sombria realidade de um mundo em ruínas, onde a sobrevivência se tornava uma batalha constante.

O medo, que antes era uma presença constante no labirinto, se transformou em uma entidade ainda mais ameaçadora diante das novas ameaças que enfrentavam. A incerteza do futuro, a sensação de estar perdido em um cenário desconhecido e hostil, gerou um profundo sentimento de vulnerabilidade e desamparo.
A raiva também borbulhava dentro deles, uma indignação contra as circunstâncias que os haviam levado a esse mundo cruel e implacável. A frustração diante da injustiça de sua situação, a revolta contra aqueles que os colocaram nesse pesadelo apocalíptico, alimentava a chama da raiva dentro de si.

Enquanto caminhavam incansavelmente pelo deserto sob o sol escaldante, a jornada de todos era marcada pela exaustão e pela determinação inabalável de encontrar abrigo antes da iminente tempestade que se aproximava. O calor sufocante castigava seus corpos, consumindo suas energias, mas a urgência de se proteger do violento temporal que se anunciava impelia-os a seguir adiante.

À medida que o dia avançava e o céu se tingia de tons sombrios, os trovões ecoavam no horizonte, prenunciando a chegada da tempestade. Relâmpagos cortavam o céu, iluminando o cenário desolado e agourento. Em meio à corrida contra o tempo, avistaram um edifício parcialmente destruído, mas com luzes fracas que ainda brilhavam, indicando uma possibilidade de abrigo temporário.

Violett, instintivamente, chamou seus companheiros em direção ao edifício, cuja presença humana naquele local desolado despertava uma mistura de esperança e apreensão. Com passos apressados e corações acelerados, eles se lançaram em direção ao prédio, impulsionados pela possibilidade de encontrar auxílio e respostas em meio à tempestade iminente.

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