Em um mundo devastado por uma guerra em busca da cura para um fulgor mortal, Violett surge como uma líder, guiando seus amigos na luta contra aqueles que os queriam aprisionados como animais. Enfrentando a ameaça iminente do Cruel, ela e seus compan...
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Violett permanecia imóvel, seu olhar fixo em Gally, demonstrando um misto de choque e confusão diante da situação inesperada. Gally, por sua vez, parecia surpreso com a reação dela, refletindo em seus olhos uma mistura de incredulidade e preocupação. Apesar de terem se distanciado e mudado ao longo do último ano, a ligação entre eles ainda era evidente, mesmo que fosse marcada por um passado conturbado.
A tensão no ar era palpável, como se o peso das palavras não ditas fosse sufocante. A garota lutava para encontrar as palavras certas, para lidar com a presença do amigo morto que ela mesma havia tirado da vida. As lembranças das palavras cruéis trocadas antes da tragédia ecoavam em sua mente, e o fato do mesmo ter matado Chuck nunca havia sido esquecido, aumentando ainda mais complexidade do momento.
Enquanto isso, Thomas o encarava com uma mistura explosiva de choque e fúria, suas emoções à flor da pele. Violett imediatamente percebeu o olhar do irmão, aquele olhar que dizia "Eu vou te matar a qualquer momento e se você tentar lutar, vai ser pior".
- Thomas, não... - Tenta o impedir de forma cautelosa.
Sabia que muito provavelmente suas palavras seriam inúteis. Ele estava de punhos cerrados, mandíbula trincada, e seu olhar carregava tanta frieza que ela não sabia se aquele garoto era o mesmo Thomas gentil e medroso que conhecia.
- Seu desgraçado! - Xingou se jogando contra o ruivo e despejando diversos golpes em seu rosto. Cada soco desferido era carregado de uma raiva contida, uma explosão de sentimentos reprimidos que finalmente encontravam uma saída. Os outros ao redor tentavam intervir, desesperados para conter a violência iminente, mas a fúria de Thomas parecia incontrolável.
- Solta ele! - Newt, ao perceber a gravidade da situação, tentou o puxar, mas nada parecia funcionar. - Violett, faça alguma coisa!
- Qual é? Eu não sou a mãe dele.
- Mas é a irmã. - Jorge aproximou-se em um sussurro urgente, alertando-a sobre as possíveis consequências devastadoras da briga. - O que acha que vai acontecer quando ele espancar esse idiota até a morte? - Indaga com a urgência tomando seu rosto. - Estamos mortos, essa é a resposta.
O peso da responsabilidade recaía sobre os ombros de Violett, que se via diante de uma encruzilhada perigosa, onde as escolhas poderiam determinar o destino de todos ali presentes. Com um suspiro resignado, agiu com determinação, soltando Kentin e se aproximando de Thomas com autoridade. Ao perceber a presença da irmã mais velha, ele lentamente parou os golpes, levantando silenciosamente de cabeça baixa.
- Já acabou seu showzinho? - Sua voz, embora calma, carregava uma intensidade silenciosa, um desafio implícito na pergunta direta que lançou a Thomas. O silêncio tenso que se seguiu era como uma tempestade prestes a desabar, cada olhar e gesto carregado de significados não ditos, aguardando o desfecho iminente.
- Vi, ele matou o...
- Eu não perguntei se ele matou o Chuck. - O interrompe com um olhar sério. - Perguntei se já tinha acabado o showzinho. Eai, Tommy, acabou?
