Capítulo 7 - Maria Cecília

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Dormi tão bem naquela noite quanto dormia em casa, nem mesmo os roncos de Morado foram capazes de atrapalhar meu sono tranquilo, porém, assim que abri os olhos, a visão fez sangue correr mais rápido, me deixando totalmente desperta.

Morado estava deitado de bruços, o lençol cobrindo apenas suas pernas, deixando tronco e bunda a mostra e essa era tão redonda, lisa. Seus músculos também chamavam a atenção, a cor da sua pele, a suavidade dela.

Certo, ele era só um namorado falso, por conveniência, mas eu não era cega. Quando ele me beijava, me pegava... bem, não foi só suor que molhou a minha calcinha.

Por instinto, belisquei meu seio, percebendo que o mamilo já estava saltado. Acordar excitada não era algo novo, a presença de Morado só estava ajudando. Cogitei a hipótese de ir até o banheiro para meu auto carinho matinal, já que não podia fazer isso na cama.

Eu não conseguia parar de olhar para ele.

Morado se mexeu e soltou o ar pesado ao virar a cabeça para meu lado, achei que ele ia acordar e me virei de uma vez, ficando de costas para ele, não percebi o quão perto estava até sentir a lateral do seu corpo encostar em minhas costas.

Segurei a respiração, ele se espreguiçou de novo, seu corpo esticou e parou, tenso. Ele havia acordado e provavelmente percebeu que eu estava com a bunda na sua.

Ele se virou e por um segundo afastando de mim. Lembrei que eu estava sem calcinha, o desespero me fez pensar que ele perceberia que eu estava molhada. Senti seu braço caindo sobre mim e ele se aproximou, juntando nossos corpos outra vez, sua perna sobre a minha, como um daqueles agarradinhos que colocamos na mochila.

- Bom dia – sua voz saiu completamente rouca, o hálito quente na minha nuca me fez arrepiar.

- Bom dia – respondi baixo, quase em um sussurro.

Notei também que ele estava duro, homens acordam assim, eu sei. Mas ele parecia querer me mostrar, encostando mais em mim a cada segundo. E como uma boa piranha (e odeio admitir isso) dei uma reboladinha empinando para trás.

Sério, me arrependi na mesma hora.

Morado ajeitou o braço, dobrando o cotovelo, seus dedos tocaram meu seio, ele esfregou o mamilo com as pontas dos dedos, usando todos eles, estava fazendo carinho. Isso me surpreendeu, era leve demais para algo vindo do dono do morro, sempre achei que alguém nesse cargo precisava ser agressivo de todas as formas.

Soltei um gemidinho e empinei mais, Morado pressionou sua pélvis em mim, estava tão duro que doeu.

- Ainda tá sem calcinha?

- Porque não confere?

Morado suspirou, desceu a mão pelo meu corpo até a coxa e subiu, levantando a camisa de futebol até meu quadril, pela lateral, não encontrando tecido algum, continuou subindo até agarrar meu seio, deu um beijo no meu pescoço quando o mamilo tocou sua palma. O que eu iria fazer? Ele já sabia que eu estava querendo, voltar atrás seria me frustrar também.

- Sua farsa tá bem convincente, gostosa.

- Você também não está muito controlado.

- Tem um motivo pra eu te chamar de gostosa, eu não sou cego – ele se esfregou em mim, puxei seu shorts para baixo e seu pau encostou na minha bunda, estava quente e senti ele molhadinho na ponta – só não achei que você fosse querer tão fácil.

- Você é bonito, vamos fazer isso logo, assim a gente consegue se concentrar mais no resto - tentei manter uma cordialidade e falhei miseravelmente.

Morado passou o outro braço por baixo do meu corpo, sua mão entrou pela gola da camisa e segurou meu seio, ele segurou o membro na base e ajudei rebolando até acertar a entrada, não foi de uma vez, fazia um tempo desde a última vez que eu fiquei com alguém então estava fechadinha.

Morado forçou, aos pouquinhos e finalmente conseguiu entrar, soltei um gemido longo e sincero ao sentir ele todo dentro.

- Que apertadinha – brincou perto do meu ouvido me fazendo rir.

Um riso que encerrou na primeira estocada, Morado colocou uma perna entre as minhas, quase me virando de bruços, ele estava totalmente dentro, com o peito encostado em mim, sua mãos desceu ao meu clitóris, com movimentos circulares que fizeram meus olhos revirarem, tenho que admitir que a coordenação dele foi impecável.

Eu ajudava rebolando e empinando, nossa respiração ficou coordenada, eu queria toca-lo também, afastei mais as pernas e passei a mão por entre elas tentando alcançar suas bolas, na verdade, minha intenção era chegar bem perto da sua entrada, mesmo sabendo que não alcançaria.

Morado impediu, segurando meu pulso e o prendendo no colchão, ele subiu em mim, agarrou meu quadril e levantou o tronco, a partir disso, ele passou a meter com força, agarrei o lençol, fazendo o possível para controlar meus espasmos.

- Goza pra mim – ele se abaixou dando beijos molhados pelos meus ombros – empina gostoso e goza.

Eu não estava acostumada a ouvir coisas assim no sexo, os caras com quem eu saía era sempre "tá gostando, tá?", ouvir Morado falando assim mexeu muito com comigo.

Empinei, ficando quase de quatro enquanto ele batia no fundo, dei graças a Deus por não estar olhando para ele ou morreria de vergonha. Percebi que ele diminuiu o ritmo e soltei um gemidinho de reprovação.

- Gostosa, se você não gozar vai ficar na vontade porque eu tô louquinho pra te dar leite.

Eu ri, Morado me abraçou e tocou meu clitóris de novo, deixei todo o tesão descarregar em minha boceta que tremeu com seu toque, ele ia tão fundo, tão forte e estava me fazendo gozar.

Ele sentiu meu interior vibrar e meu corpo ficar tenso embaixo dele, deslizou devagar para fora de mim, olhei por cima do ombro e vi que estava ofegante, ajoelhado na cama entre minhas pernas abertas.

- Terminou dentro?

Ele negou lentamente com a cabeça, um sorriso malicioso que me faria ficar na cama o dia todo.

- Tá bem – agitei as pernas, na luta para me levantar e logo estava em pé – tudo bem se eu fizer café? – perguntei correndo para o banheiro onde peguei minha calcinha seca.

- Nenhum beijo de pós foda? Que namorada ruim.

- Não sou sua namorada, não de verdade e isso – aponte para a cama e para ele – foi só uma vez.

- Não se preocupe, eu sou treinado.

Meninas do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora