Capítulo dois

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Uma palavra que me descreveria nesse momento seria eufória. Finalmente consegui terminar minha faculdade e já estou flutuando em meio a um mar de possibilidades, porém, em meio a esse mar me sinto como um náufrago sendo arrastado para um voragem, sendo puxada pelas correntes impiedosa, incapaz de sair, lutando contra as ondas que me arrastam para baixo.

- Violet - Sou interrompida dos meus pensamentos.

- Oi Bonnie - lhe respondo, Bonnie é uma mulher um pouco mais alta que eu, ruiva de olhos verdes, com curvas generosas, e uma confeiteira de mão cheia. Uma amiga que conheço desde do ensino médio a qual o Thomas fez questão de nos afastar.

- Tudo bem ? Faz tempo que não nos falamos.

- Estou sim e você ? Faz tempo mesmo, é que estava uma correria com os trabalhos para entregar, os estudos para as provas estava bastante focada. - minto, na verdade meia verdade digamos.

- Coloca-se focada nisso então, fugia de mim como um devedor foge das suas contas. - rio pela sua frase de sarcasmo

- Não ri não, tô falando sério, achei que eu era a agiota que estava lhe cobrando. - bonnie sorri pelo seu tom de ironia.

- Me desculpa. - peço. Não me afastei por vontade própria; fui obrigada. Nunca esquecerei o quanto você me ajudou.

- Não precisa se desculpar, não é culpa sua. Eu também me afastei. - isso é verdade

- bom, queria lhe chamar para a festa que vou dá na minha casa, uma despedida para nossa saída de universitárias para a vida profissional. - disse ela enquanto ríamos juntas. - e vai ter aqueles cupcake de morango que você adora. - Antes que eu pudesse responder, ouvi uma buzina e alguém chamando meu nome. Virei-me para trás e vi Thomas me esperando.

- O que aconteceu com ele? - Bonnie perguntou, preocupada,enquanto eu também olhava para Thomas, notando o sangue em seu rosto.

- Não faço ideia. Preciso ir, mas te aviso se caso eu for.

- tudo bem, lembra onde é minha casa ainda ? - ela perguntou, segurando meu braço para chamar minha atenção.

- Hurum - murmuro, tentando me libertar para sair, mas Bonnie segurou meu braço novamente, fazendo-me virar o rosto para encará-la.

- Se precisar de alguma coisa, sabe que pode me ligar a qualquer hora, certo? - ela ofereceu, com um sorriso reconfortante.

- sei sim, obrigado. xau

- Xau, ESPERO VOCÊ LÁ. -grita por eu estar um pouco distante.

Vou caminhando de encontro ao carro até parar do lado do passageiro com a porta um pouco entreaberta e vejo o rosto de Thomas ensanguentado, olho roxo e lábios cortados.

- O que houve com você? - pergunto, não por preocupação mas por surpresa.

- Não é da sua conta - fala ríspido - entra no carro.

Fazemos o tráfego em um silêncio tenso, Thomas está com o olhar fixo no volante, uma respiração irregular denotando uma raiva contida.

Chegamos ao prédio e Thomas estaciona em sua vaga. Ele saiu do carro e eu o acompanho até o elevador. Subimos em silêncio, e logo estamos diante da porta. Thomas abre e assim que entro ele me questiona.

- O que você estava conversando com aquela puta? - Ele perguntou, sua voz carregada de desaprovação. - Eu já te avisei para se afastar. Essa não é uma amizade saudável para você. - você que não é saudável para mim, seu escroto de merda, penso.

- Nada, ela estava apenas me parabenizando. - Thomas estreitou os olhos e me analisou meticulosamente antes de virar-se e caminhar em direção ao banheiro.

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