Capítulo oito

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Tampa, Flórida

Fascinante, é uma experiência única ver essa paisagem. Observar a terra se desdobrar abaixo como um tapete infinito de cores e formas. Nunca viajei de avião, mas sempre tive curiosidade, e está sendo melhor do que eu pensava. Mas um pouco triste pelas circunstâncias.

As horas passam e a aeromoça informa que estamos descendo. Desembarco, pegando apenas minha mochila, e me dirijo para a saída do aeroporto. Pego meu celular para pegar o endereço de Victor e avisto um táxi, então chamo.

- Boa noite, poderia me levar para esse endereço? - Entrego o endereço e o motorista olha, dando partida no carro.

Alguns minutos depois, estamos no endereço em que indiquei, pago e desço do carro.

Caminho até o hall e falo com a atendente. Digo o nome do Victor e o atendente me informa o número. Subo pelo elevador até chegar no nono andar, procurando pelo número do seu apartamento. Toco a campainha e demora um pouco até que uma mulher ruiva aparece.

- Oie. - Diz a mulher, olhando-me de cima a baixo e dando um sorriso sacana de lado.

- Victor nosso brinquedinho chegou. - vocifera entrando novamente para dentro.

- Pode entrar, delícia.... Violet ? - O sorriso travesso que tinha em seu rosto agora está confuso.

- oi. - Aceno meio sem graça.

- O que está fazendo aqui? Não que eu não queira você aqui, é só que... bom... - fala um pouco nervoso, coçando a cabeça. - Chegou em uma hora não apropriada.

- Percebi, devia mesmo ter ligado. - digo sorrindo sem graça. - desculpe.

- Tudo bem, entra, só não olha a bagunça. - ele diz, e me assusto um pouco ao entrar.

- Ruiva, vaza. - ele acrescenta, e olho incrédula pela forma que o Victor fala com a mulher.

- Tudo bem, ele é um cretino. Mas eu gosto - diz, vestindo sua roupa e vindo em minha direção.

- prazer, sou a Rose. - fala, estendendo a mão. Olho para sua mão e depois para ela, que entende na hora. - desculpe.

- Tudo bem, eu sou a violet, irmã do cretino. - digo, e rimos juntas.

Rose sai do apartamento e Victor arruma um pouco sua bagunça. Vou em direção ao sofá, me sentando, até que sinto algo duro em minha bunda.

Não seja o que eu tô pensando, levanto um pouco minha perna e tiro o objeto e vejo que é um vibrador.

- olha, não sou puritana, mas estou me sentindo em um puteiro. - digo, erguendo o vibrador em minha frente. Victor pega, colocando em uma caixa.

- desculpe, virgem Maria, mas não estava preparado para receber visitas. - diz em tom de deboche. - achei que nunca viria. Quase cinco anos juntos achei que iam se casar e esquecer de mim. Falando nisso não veio com ele? - pergunta.

- Não. - digo engolindo em seco. - A gente terminou. - Victor olha para mim preocupado

- motivo preocupante?

- Uhum - balanço a cabeça em negativo.

- certeza? Porque esse "Uhum" não parece que não seja preocupante. - fala se aproximando, se ajoelhando em minha frente. - pequena, sabe que pode contar comigo.

- Já disse, não foi nada preocupante. Só não deu certo. - tendo soar o mais verdadeiro possível, não quero que ninguém mais saiba.

- Ok, vem, vou mostrar seu quarto. - Victor pega minha mão, me puxando para o corredor em direção ao quarto.

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