Capítulo dezenove

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Dias atuais, 2 semanas depois.

Minhas manhãs agora são preenchidas com ronronados, miados e carinhos. Aurora é o nome dela, minha gata siberiana mais linda do mundo. Cada vez que a vejo, lembro-me de Liam.

Até agora, estamos nos entendendo muito bem; na verdade, nossas interações são mais expressivas do que conversas. Quando trocamos palavras, é como se estivéssemos nos provocando, e acabamos transando como dois coelhos libertos de uma jaula. No estacionamento, na sala de tosa, no banheiro, no capô de seu carro.

Estou ficando cada vez mais dependente a cada dia. Ele é como o ar que preciso respirar, é tudo que eu preciso.

- Violet, você pode me ajudar aqui no estoque? - pergunta Jonathan.

- Claro. - Respondo, entrando.

Começamos a organizar o estoque, colocando cada coisa em seu lugar.

- O pessoal vai para a balada hoje, não tá afim? - pergunta ele.

- Hum, não sei. - Respondo. - Mal conheço ninguém, exceto a Jessica da recepção.

- Bom, se isso servir de consolo, também vou estar lá. - Ele diz, animado.

"Não gosto dele."

- Aham.

- Qual é, pode levar uma amiga sua também. A ruiva lá.

Bom, que mal teria em ir?

- Tudo bem.

- Posso pegar você em sua casa, então?

- Não precisa, a Bonnie tem carro e ela me leva.

- Se quiser posso ir acompanhando vocês. - Ele persiste.

- Não precisa.

- Violet, tem uma moça à sua procura. - interrompe Jessica.

Obrigada, Deus.

- Obrigado. - Digo, saindo o mais rápido possível.

Assim que chego na recepção, encontro Rose me aguardando.

- Oi, não esperava você aqui. - Digo, me aproximando.

- Estava passando por perto, então resolvi fazer uma visita. - ela diz - Podemos tomar um café?

- Ah... claro, está na hora do meu almoço mesmo. - Digo - Vou só pegar minha bolsa.

Saio da recepção e vou para a sala onde guardamos nossos pertences. Depois, volto e entramos no carro de Rose, indo para um restaurante que fica a duas quadras do pet shop.

Sentamos e logo conseguimos uma mesa; um dos garçons vem à nossa mesa.

- Boa tarde, o que gostariam de pedir? - Pergunta, com sua comanda em mãos.

- Eu gostaria de pedir uma parmegiana de carne.

- E a senhorita? - pergunta para Rose.

- Só um café mesmo. - Diz ela, e o garçom sai.

- Está gostando de trabalhar lá? - Pergunta.

- Sim, o problema só é o Jonathan que é um pouco persistente.

Um pouco?

- Affs, sei como é. Aqueles que não aceitam não como resposta.

- É, e você o que faz aqui por essas bandas? - Pergunto curiosa.

Não me julguem.

- Vim ver a confeitaria da Bonnie.

- A confeitaria ou a Bonnie? - pergunto, em tom brincalhão.

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