Capítulo vinte sete

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Quando se tem algo a perder, você calcula cada passo para evitar o risco de perder aquilo que mais importa. Antes, tudo o que eu tinha era a empresa e o tráfico, mas agora tenho ela. Cada movimento é cuidadosamente calculado para garantir que não ficarei longe dela.

Já faz duas semanas que o prazo combinado para contar ao Victor passou. Isso está me deixando impaciente; não sou de deixar outra pessoa ficar no controle. Odeio não estar no controle. Violet me pediu para não contar nada, e, quando tentei duas vezes contar para ele, ela sempre desconversava. Às vezes acho que ela quer me manter escondido. É tão irônico ver o que ela está fazendo comigo, pois eu costumava fazer o mesmo com outras. É aquele ditado: o que se planta, aqui se colhe.

- Sem nenhuma movimentação nos armazéns dos Avellar. - diz Victor à minha frente, sentado com seu copo de vodka em mãos. Nunca entendi o seu gosto por algo que parece acetona. - O Mike também passou os relatórios da movimentação na mansão, sem nenhum alarme de algo acontecendo.

- Não é possível. - Vocifero frustrado. Passo minhas mãos pelos cabelos e pego meu copo de whisky. - Eles estão tramando alguma coisa, só não faço a mínima ideia do quê. Não viu nenhuma movimentação estranha ou inquilinos novos em seu apartamento?

- Não, nada. Coloquei câmeras em todo o apartamento e uma trava digital. Assim, terei o controle. - Diz, e meu maxilar trava com a possibilidade de ele descobrir da pior forma.

Merda.

Espero que ele tenha instalado as câmeras esta semana, porque, na semana passada, cada canto daquele apartamento foi marcado pelo pecado enquanto ele viajava para Miami para entregar a carga de um dos nossos clientes nos pontos específicos.

- E encontrou alguma coisa? - pergunto, um pouco receoso.

- No momento, nada ainda. Coloquei-as antes de ontem. - responde, e um alívio percorre meu corpo; não quero que ele descubra de forma trágica.

- Entendi... - Antes que eu possa continuar, sou interrompido por Rose.

- Senhor Dawson, a Katherine quer autorização para subir. - diz, aproximando-se de nós.

- Já falei que ela não tem autorização.

- Eu sei, senhor, só que... ela disse que tem algo que você vai gostar. E que, se não permitir a entrada dela, se arrependerá. - diz, e eu acabo rindo da fracassada tentativa de chantagem.

- Ela não tem nada. Peça que os seguranças a tirem do prédio. - Digo, e ela balança a cabeça positivamente, saindo.

- Se eu fosse você, permitiria. Uma mulher rejeitada é pior que uma onça.

- Ainda bem que você não é. E não é a primeira vez que ela vem com esse tipo de conversa.

- Bom... você que sabe. - diz, levantando-se. - Irei atrás de alguns favores para saber mais sobre o que está acontecendo na casa dos Avellar. Eles não ficam tão quietos assim desde a morte do filho.

Uma morte que até hoje não me desce.

- Mas o que veio logo em seguida? O roubo de um dos nossos armazéns. É por isso que estou inquieto; precisamos saber o que estão aprontando antes que a pedrada venha em nossa direção de qualquer lado.

- Concordo, mas não podemos fazer muita coisa no momento. Se avançarmos, nossos associados não vão gostar.

- Eles usam um ponto para nos distrair do outro principal, sabe disso.

Não é a primeira vez

- Já estamos o observando, é só questão de tempo. - Diz ele - Irei terminar os relatórios. - Ele sai, fechando a porta logo em seguida.

Não suporto ficar quieto, preciso fazer alguma coisa. Caso eles não se manifestem, os seus subordinados o farão.

inimigos quietos nunca são um bom presságio. Não sabemos de que direção o ataque pode vir, e isso me mantém em alerta constante.

Antes da morte do filho, os Avellar permaneceram quietos até noticiarem a morte sobre o filho, mas depois atacaram alguns dos meus postos, como se estivessem escondendo o verdadeiro motivo, que até hoje desconheço. É algo que continua martelando na minha cabeça até hoje.

Após a reunião com Victor, terminei alguns relatórios e reuniões e vim direto para casa. Assim que entro, não encontro minha governanta, mas sim Violet.

- Que surpresa. - digo.

- Não posso? - pergunta ela, parando de lavar algumas verduras.

- Claro que pode. O que é meu é seu. - respondo, aproximando-me e agarrando-a por trás. - E o que está fazendo? - pergunto, depositando um beijo em seu pescoço.

- Ceviche. Espero que fique bom. Nunca fiz. - diz, e rimos juntos.

- Mesmo que não fique, vou adorar.

- Que motivação excelente. - vocifera, virando-se para mim. - Já disse o quanto você fica sexy todo formal?

- Nem precisa dizer.

- Convencido.

- Vou tomar um banho, volto logo. - digo, desferindo um beijo em seus lábios

Já no banheiro, deixo a água gelada cair sobre minha cabeça, com a mente cheia de pensamentos tumultuados, sem conseguir reorganizar nada. Assim que desligo o chuveiro, sinto mãos macias em minhas costas. Olho sobre o ombro e vejo Violet.

- Posso? - pergunta, desferindo beijos em minhas costas.

- Sabe que adoro tomar banho com você. - respondo, e ela vem para minha frente, ficando entre mim e a parede.

- Mas não estou falando de tomar banho. - vocifera, depositando beijos no meu pescoço e descendo pelo peito e abdômen. Fica de joelhos, com meu membro já rígido em sua direção.

Sempre é assim. Não posso vê-la sem que meu corpo a reconheça, desejando sentir sua quentura.

Ela pega meu pau pela base, olhando-me de baixo para cima com um sorriso travesso. Seus olhos brilham de desejo, e eu posso sentir meu corpo pulsar em resposta. Lentamente, ela lambe desde a base dos meus testículos até a cabeça, sua língua quente e úmida provocando arrepios que percorrem minha espinha. Cada toque é uma tortura deliciosa, e eu mal consigo conter um gemido.

Quando sua boca envolve a cabeça do meu pau, sugando devagar e com uma pressão deliciosa, o prazer é quase insuportável. Seu ritmo aumenta, e ela passa a engolir toda a extensão, seu calor e umidade me envolvem completamente. A sincronia entre os movimentos de sua cabeça e suas mãos é perfeita, cada gesto calculado para me levar ao limite. Sinto o desejo pulsar em mim, e minha cabeça cai para trás, a parede fria oferecendo um contraste gritante ao calor do momento.

Ela aperta a base do meu pênis, e eu apoio a cabeça e as mãos na parede, tentando não perder o controle. Cada fibra do meu corpo está em alerta, tremendo com a intensidade do prazer que ela provoca. O ar ao meu redor parece eletrificado, e eu sei que não vou aguentar muito mais tempo. Em um impulso irresistível, enrolo seus cabelos entre minhas mãos e movo seus lábios mais rápido sobre meu pau, cada estocada me levando mais fundo em sua boca. Ela engasga levemente, mas continua, seu olhar fixo em mim, cheio de um desejo selvagem que espelha o meu.

Uma onda de prazer avassaladora explode em mim, e eu gozo profundamente em sua boca. Meus olhos se fecham enquanto sinto cada gota de prazer ser sugada para fora de mim, meu corpo tremendo com a intensidade do clímax. Quando olho para baixo, vejo Violet engolindo cada gota, seu olhar fixo em mim com uma mistura de submissão e desafio. Em um ato instintivo, puxo-a para cima e a beijo, nossos lábios se encontrando em uma mistura de paixão e gratidão, o gosto de nós dois ainda fresco em sua língua.

- Você é perfeita, sabia ? De todas as formas. - digo, olhando em seus olhos.

- Eu te amo. - Diz, beijando-me, com um sorriso em seu rosto.

- Eu que te amo, não me imagino sem você.

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