Capítulo trinta e um

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Que dor de cabeça da porra. É isso que acontece quando se tenta beber para esquecer as coisas. Meu corpo todo dói. Nunca mais invento de dormir em um sofá.

Levanto-me, ainda completamente tonto. Minha cabeça lateja com a intensidade de um coração batendo descontrolado. Fazia tanto tempo que não bebia desse jeito.

- Senhor Dawson? Chegou cedo. - diz rose, entrando na sala. - Não chegou cedo. - diz em tom de entendimento.

- Bom dia. - respondo, mas ela imediatamente abre as janelas, fazendo meus olhos arderem e minha cabeça latejar com a claridade. - Droga, fecha essas janelas.

- Infelizmente não, você terá que se recompor. Tem uma reunião com o Martins às 8:00. - Ela diz, aproximando-se. - Vou buscar um café e pedir à Rita roupas novas. - Com isso, sai da sala.

Depois da minha "conversa" com Victor ontem à noite, fugi direto para a empresa. Não aguentava ficar em casa, remoendo o quanto sou um grande filho da puta.

Pouco depois, Rose entrou apressada, trazendo minhas novas roupas e um café quente. Tomei um banho rápido, me vesti com pressa, e engoli o café fervendo que queimou minha língua e garganta. Queria apagar o gosto amargo daquela noite.

Segui para a reunião, mas minha mente estava em outro lugar. Uma coisa continuava martelando incessantemente: eu iria esquartejar a maldita da Katherine

 Uma coisa continuava martelando incessantemente: eu iria esquartejar a maldita da Katherine

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Uma semana depois.

Meus olhos insistem em se fechar, mas minha mente não permite que o sono se estabeleça. Faz uma semana que não consigo dormir direito, como nos velhos tempos. O saco de pancadas é minha única distração dos pensamentos torturantes, absorvendo toda a minha raiva e frustração. Sinto falta dela. Da sua companhia, do seu cheiro, dos seus toques, das nossas conversas. Não suporto mais ficar longe dela.

Victor só fala comigo sobre assuntos das empresas, nada mais. Não o culpo; traí sua confiança. Mas não me arrependo de nada do que vivi com ela e pretendo continuar vivendo. Mesmo contra a vontade dele. Ela sempre será minha, e ninguém pode mudar isso.

O som da notificação no meu celular me faz parar. Reconheço de imediato: é o alerta que configurei para saber quando ela se move. Paro de socar o saco de pancadas, vou até a mesa de apoio, pego meu celular e abro o app de rastreamento. A seta que indica Violet está em movimento. Há uma semana que a seta só ronda a casa dela. Agora que está se movendo, visto minha camisa e vou para a garagem. Pego meu outro carro, já que o meu favorito ficou na empresa depois de um pneu furar ontem à noite. Creio que já tenham consertado, mas odeio dirigir outro carro que não seja o meu.

Preciso vê-la, ver se está bem. Tentei várias vezes e não consegui falar com ela. Me bloqueou, recusou minhas ligações de outros números, não respondeu quando bati em sua porta. Até tentei hackear sua tranca digital, sem sucesso. Admito que me senti impotente. Victor estava certo ao dizer que ele não conhecia apenas a mim. Não sei o que Victor disse a ela, mas não esperava essa reação.

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