Capítulo treze

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Algumas horas antes.

Aquele cheiro, droga, aquele maldito cheiro. Ficou impregnado em mim, uma fragrância marcante, suculenta, doce e frutada, com notas frescas e levemente ácidas. Um aroma de morango que não sai da minha mente. Seu cheiro me envolveu como um viciado, dominando cada fibra do meu ser, como uma heroína percorrendo todo meu corpo.

Inicialmente fiquei surpreso com a entrega total dela, uma mistura de choque e excitação me dominou por completo. Observei com fascínio cada dor que causei nela, vendo-a se derreter de desejo a cada estímulo, alimentando ainda mais minha própria luxúria pelo controle e poder sobre ela. Enquanto a consumia, uma sede insaciável por mais se apoderava de mim, desafiando minhas próprias barreiras e resistências, que eram lentamente corrompidas pela fervorosa devoção dela.

Quando ela me beijou, uma mistura de surpresa, desconforto e medo tomou conta de mim. Uma intensidade avassaladora de sentimentos desconhecidos me envolveu, deixando-me tenso. No entanto, quando senti sua língua encontrar a minha, algo dentro de mim se acendeu como um combustível, eletrizando todo o meu corpo. Fodi-a com uma intensidade alimentada pela raiva e pelo desejo bruto que sentia. Forcei nossos lábios com vigor, cada arfar que ela emitia alimentava meu desejo de beijá-la com mais intensidade. Cada gemido entre nossos beijos aumentava ainda mais minha obsessão em satisfazê-la. Nunca Gostei de beijos, sempre senti repulsa ao pensar em ser beijado, mas quando sua boca tocou a minha, não consegui resistir.

Mas a maldita fugiu, deixando-me inerte pelo desejo. Procurei por toda a boate, vasculhando cada canto, mas não a encontrei. A frustração e a urgência de tê-la novamente em meus braços me consumiam, enquanto a sensação de vazio crescia dentro de mim.

- Chefe, posso entrar? - pergunta um dos subalterno.

- Entre. - digo, enquanto me desvio dos pensamentos.

- Aqui está o vídeo das câmeras que me pediu. - diz ele, entregando um pendrive.

- Demorou bastante. - vocifero em tom ríspido.

- Desculpe, um dos seguranças estava meio ocupado dentro da sala. --- Diz coçando a cabeça.

- Se querem trepar, procure um puteiro. - digo, sem paciência. - De uma lição nele para obedecer uma ordem direta quando for dada.

- Sim senhor. - ele diz, saindo da sala.

Pego meu notebook e conecto o pendrive na entrada, iniciando o vídeo que tanto esperei. Pulando algumas horas de gravação, finalmente encontro. E lá está ela, com seus cachos e corpo que não me deixaram dormir desde o primeiro encontro. Foco em seu rosto, transferindo sua imagem para o sistema de dados. Deixo o computador procurar por mais informações sobre ela, determinado a descobrir seu nome e alimentar ainda mais minha ânsia por tê-la novamente em meus braços.

Quando o sistema de reconhecimento está quase pela metade, uma forte pancada na porta me faz sobressaltar um pouco, fazendo-me elevar a cabeça para ver quem foi o marldito que fez isso.

- Onde você estava? - Pergunta Katherine.

Merda, esqueci completamente dela.

- Sai da minha sala e entre novamente com educação. - digo ríspido.

- Não, eu esperei você a noite toda. - diz ela, em tom de frustração. - Onde VOCÊ ESTAVA? - Grita, me deixando com raiva.

Levanto-me da cadeira e vou em sua direção, chego perto e seguro seu pescoço, olhando em seus olhos com a raiva emanando em cada palavra que digo.

- Não sou de repetir as coisas, mas vou repetir. Saia da minha sala e entre novamente com educação. - eu ordeno, com a voz firme. No entanto, ela não obedece, o que só aumenta minha raiva.

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