04. Incoveniente

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Havia rezado para todos os deuses existente para que pudesse encontrar o baixinho em breve, estava para fazer o que Hange lhe recomendou.

Céus como se tornou amigo daquela pessoa? Só fez amigos loucos, Hunge era um deles.

Lembrava-se muito bem das palavras do amigo: "Coloca o nome dele para ferver numa panela com açucar".

De onde aquela criatura havia tirado aquilo? Nem queria saber.

O parabrisa do carro limpava-se sozinho pela milésima vez. O que passou pela sua cabeça resolvendo sair mais cedo em um dia de chuva?

Aquele tempo estava terrível e o trânsito pior ainda.

Nada o convenceria de que aquele poderia ser um bom dia. Ao mesmo era o que pensava, até avistar um silhueta pequena de cabelos negros poucos metros de si.

Era tão sutil e ainda por cima estava de costas, queria negar, dizer que estava louco, aquele não poderia ser Levi.

Mas era. O corpo do outro havia se virado para si com toda sua magnitude.

Como ele era capaz de ser tão lindo? Não era um lindo normal, Levi conseguia ser lindo com uma camiseta branca molhada, uma calça social e um par de tênis brancos, ele conseguia ser lindo encharcado, através de um parabrisa molhado em uma chuva intensa.

Seus olhares se cruzaram, por um algum tempo eles se olharam, olharam uns nos olhos do outro, parecia tão intenso, mas ao mesmo tempo tão confuso.

Era real, Levi estava ali do lado de fora tomando chuva, enquanto ele estava aquecido e seco dentro de seu carro.

Expulsou os pensamentos da sua cabeça agindo de maneira impulsiva, se jogou para o lado e abriu a porta do passageiro.

Ele deveria ter pensado melhor, um quase desconhecido iria realmente aceitar sua carona sem achar que queria fazer algo com ele?

Não poderia deixá-lo se molhar mais do que já estava, se continuasse assim pagaria uma pneumonia.

O outro o encarou confuso, era realmente aquilo que estava pensando?

Escutou os sons de buzinas atrás de si.

Ele esperava do fundo da sua alma que fosse, pois já havia literalmente se jogado dentro do carro.

Sentiu uma onda de alívio imensa correr por todo seu ser, mas ao mesmo tempo um arrependimento enorme. Havia se esquecido de um pequeno detalhe.

Estava encharcado. Praticamente havia feito com que o carro do Smith passasse a necessitar de uma lavagem imediatamente.

Xingou baixinho logo se preparando para dizer: - Foi mal aí pelo carro. - fingia tentar se sentar no banco.

- Tudo bem, o carro não importa agora. Como você está?

- Bem- ATCHIN!

- Vamos para uma farmácia, depois eu te deixo em casa. - já havia começado a dirigir em direção ao lugar.

Retirava o que havia dito, esse dia estava se tornando bom. Muito bom.

- Não precisa. Me deixa na farmácia, que eu arranjo um táxi ou coisa do tipo. - não queria incomodar, mais do que já estava.

- Igual estava tentando fazer agora? Vamos para farmácia e depois para sua casa e ponto final. - não o deixaria desamparado podendo ajudá-lo.

- Me deixe na farmácia. Se não eu pule desse carro. - Erwin o encarou de canto, Levi não parecia ser o tipo de pessoa que falava ameaças brincando.

Minha Loucura Mais Lúcida [Eruri]Onde histórias criam vida. Descubra agora