08. Telefone

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Deus, havia pego o número de telefone de Levi!

Seu coração estava prestes a sair pela boca e as borboletas existentes em seu estômago voavam e batiam umas nas outras como loucas.

Aquele sorrisinho, aquele mini sorriso!

Erwin batia as pernas contra o colchão enquanto gritava no travesseiro, é nisso que o amor transforma as pessoas? Perguntava-se mentalmente.

Ele tinha plena certeza de que se alguém o encontrasse o internaria imediatamente.

O corpo pequeno é quentinho na frente do seu, deuses! Por que o cavalo tinha que empacar?

A imagem nítida de Levi sob aquela árvore, suado, com a porcaria daquele macacão verde ridículo, o pescoço para trás, os lábios entreabertos...

Se desejava-o antes, agora se tornaria o próprio espírito obcessor do outro.

Queria apertar todo aquele corpo, céus, ele já havia o tocado! Foram segundos até que pudesse finalmente subir no cavalo, mas lembrava-se vividamente da sensação, era fina, porém nem tanto, queria que estivesse errado, não queria se precipitar, mas jutou ter visto os pelos da nuca do outro se ouriçarem. E por falar nisso, que nuca! Não queria ser obsessivo, mas no momento em que viu desejou marcá-lo como seu. O que estava se tornado? Um animal?

— Por favor, pare com isso Erwin, você vai assustar o garoto — disse para si mesmo, na sua cama, no escuro do seu quarto, onde ninguém o escutaria.

Também havia confirmado uma coisa hoje, Levi não possuía olhos cinzas, mas sim azuis.

Não eram como os seus. Nem chegava perto para falar a verdade.

Se os seus eram como a manhã os de Levi eram a noite, eram a escuridão, eram como um brilho oculto da madrugada, eles eram mais lindos que todas as estrelas.

Jurou para si mesmo que quando tivesse a oportunidade se perderia naqueles olhos noturnos.

[...]

Acordara mais uma vez, sábado, era seu dia favorito da semana, não havia trabalho para hoje, não haviam chefes brigando com ele porquê ajudou um cliente.

Droga qual era a merda do problema daqueles velhos? Eram cegos por acaso? Não conseguiam ver que ele já tinha feito tudo que tinha que ser feito?

Não era irresponsável, jamais fugiria do seu trabalho por um interesse pessoal.

Por que não ficavam felizes? Para ser sócio daquele merda precisava torrar dinheiro para caralho, ele era quem estava auxiliando um cliente para que aqueles idiotas pudessem manter seus bolsos cheios!

Darius aquele filho da puta. Ele acha que por acaso queria ficar babando ovo daqueles riquinhos mimados que nunca trabalharam na vida?

Havia só ajudado um porque ele foi gentil. É isso que ganhava em troca de ser uma boa pessoa?

Isso não era um problema, não era o que ocupava sua mente vinte e quatro horas por dia, não, com certeza não.

O que o controlava era o seu desejo de ver madeixas douradas mais uma vez, era o desejo de encontrar um corpo grande e musculoso novamente.

Tentava se convencer de que não sentia tanta falta assim do outro, mas era mentira, ele sentia, ele morria de saudades para falar a verdade.

Tinha o número do outro no seu telefone, mas quem disse que ele sabia mandar uma mensagem descente? Uma das coisas mais difíceis na vida de Levi era manter contato a distância. Seu cérebro simplesmente não funcionava! Não tinha o que enviar, não tinha para quem mandar, e quando tinha não sabia como, cacete ele era pura confusão.

Minha Loucura Mais Lúcida [Eruri]Onde histórias criam vida. Descubra agora