capítulo XX_ Enfim Radamor

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Desde que acordei estou me sentindo mal, mas estar nesse bueiro que chamam de cidade me faz sentir muito pior. Só quero pegar os livros e sair o mais rápido possível daqui.

Quando adentramos no vilarejo, percebi que seria impossível. Mesmo sobre a carroça, podia-se ouvir os cochichos e sussurros, os olhares me fitando, pessoas saindo de suas casas, com seus rostos vermelhos pelo sol, para olhar nossa chegada. "É ele? ... Não pode ser !.. Ele está mesmo aqui? ... Quem é mamãe?.. O garoto do deserto!.. Alguém vá chamá-la!.. Não dá pra acreditar!.. Ele realmente veio!.. É qle mesmo!". Toda essa comoção é extremamente desconsertante.


- Dilorren! É você mesmo! - uma mulher beirando os cinquenta, apareceu no meio da multidão. É familiar - você está tão crescido... - eu a conheço, e a vi recentemente num sonho.

- Detys... Você está...

- Velha? Eu sei, esse clima não fez bem pra minha pele... - ela fala apertando a bochecha com uma das mãos, então ela me encara com um  ql - E você me parece meio w, tá ppassando bem? - mas antes mesmo que eu pudesse responder, ela exclama como se tivesse esquecido - Céus! É o cheiro, não é? Não se preocupe, nós vamos dar um jeitinho nisso...

- Vocês podem fazer isso!? Como? - Day estava basicamente gritando do meu lado, ela estava tão surpresa que não conseguiu esconder.

- Você é Dayla, não é? É um grande prazer... - ela sorri, e Day fica visualmente confusa - Bem, é só temporário, mas podemos deixar esse lugar com cheiro de flores... Venham até a praça, esse feitiço requer um pouco mais de espaço...

- Lorrem querido, como ela sabe meu nome? - Day sussurra para mim cobrindo a boca com as costas da não.

  - Contei pra ela... Com uma carta, ha muito tempo... - Respondi em voz baixa.


- Que susto, pensei que ela fosse telepata - ela põe a mão no peito e suspira.

- Que bobagem... Tem que estar meditando para ler a mente de alguém...

- Você tá brincando, né? Me diz que é brincadeira... Lorrem, você nunca leu meus pensamentos, certo? Fala alguma coisa!

Claro que nunca fiz isso, nunca houve tal necessidade, até porque, se eu o fizesse, ela saberia. Mas por que estragar a brincadeira tão cedo?

- Avisem a todos... Vamos ter uma Perfumificação... E tragam as flores! - Detys falava com os outros moradores empolgada.

Então, Day guiou a carroça até a praça, e pelo que parece, todos os moradores também seguiram para lá. Detys pediu que esperássemos no centro da praça, sentamos num banco dentro do gazebo de pedra, com bancos acolchoados com almofadas floridas e feitos de ferro fundido.

Muitos dos cidadãos se posicionaram em círculo envolta da praça, passaram um maço de flores de mão em mão até todos terem uma, eles as colocam no chão a sua frente. Depois entenderam as mãos para os lados, as da direita viradas para baixo e as esquerdas para cima, quase como se pedissem a mão de quem está ao seu lado, mas mantendo uma distância de altura entre as mãos adjacentes. As pessoas que não estavam no círculo também pararam para assistir. Então começou a fluir magia de uma pessoa para outra através de suas mãos, a pressão mágica era enorme, e a visão é espetacular. E em um movimento sincronizado, posicionaram a mão esquerda sobre a flor a frente, o que a fez levitar na altura do peito, na distância de um braço. As flores permaneceram flutuando em suas mãos, então a mão direita foi para frente sobre a flor, em um uníssono, eles entoaram o feitiço de uma única palavra.

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⏰ Última atualização: Aug 24 ⏰

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