Capítulo 32.

825 85 7
                                    

Jimin ficou magoado com o envio do convite por parte dos pais. Primeiramente, porque não o consultaram. Segundamente, porque ainda era cedo para informar, praticamente, metade do mundo sobre uma gravidez. Queria montar o próprio chá de bebê, com seus amigos e pessoas que confiava. Ainda nem mesmo tinha contado devidamente a Ga-ram e Jeongyeon. Elas já sabiam mas ainda assim, fingiram surpresa. Choraram, abraçaram Jimin. Demonstraram apoio como se fossem suas mães.

Dos demais, Park foi deveras parabenizado, incontável mente. Passou um dia inteiro no trabalhado, atendendo ligações, respondendo e-mails e presentes, agradecendo pelas felicitações. Mas, não se sentia muito feliz. Jungkook bloqueou e recusou tudo semelhante a isso, o que fez com que o loiro recebesse ainda mais mensagens, desde que procuraram o ômega em detrenimento do marido.

Mais um mês de passou com lentidão. É cabível dizer que Jimin e Jungkook estavam vivendo vidas diferentes, ainda que dormissem sobre o mesmo teto. Nada mudou, mas não sabiam se isso era bom ou ruim. Eles trocavam olhares, se preocupavam um com o outro de longe, mas viviam como meros telespectadores da vida que antes costumavam dividir. Por mais que não brigassem, também não estavam bem. Ultimamente, nenhum comportamento de Jeon fez o ômega se sentir preocupado em haver uma terceira pessoa no casamento deles. Porém, continuava passando por si como se não o conhecesse. Os nomes cruéis que ele se referiu ao bebê, como se fosse um mero birrento, ainda não haviam sido esquecidos por Park. E mesmo ele negando, uma grande parte sua pedia que não deixasse sua preocupação de lado. Mesmo sendo uma pessoa ansiosa, Yoo-ri e aquela ligação existiram. Não eram truques da mente. Sinceramente, não tinha forças se encara-lo e falar o nome dela. O loiro esperava mesmo que fosse apenas uma amiga, e não o motivo por qual Jungkook não quer ter filhos.

Seu corpo estava passando por transformações, afinal, havia uma pessoainha crescendo dentro de si, e muito doía se sentir só nesse momento. Jimin se perguntava se ele sentia remorso. Se em algum momento iria se arrepender do caminho que decidiu seguir e afastar os dois. Podia sentir essa dor em seu fisico. Bom, não era saudável. Era decepcionante. Era de doer o coração.

Park ainda se questionava se ele o amava. Porque ele não respondeu aquela vez, ou não disse em nenhuma outra. Entrava em um ciclo vicioso de culpa quando refletia sobre isso. Deixou que o marcasse e viu que talvez tivesse cometido um erro, mas ao mesmo tempo, não se arrependia completamente. Aquela noite nunca deixaria de existir. Eles ainda eram almas gêmeas acima de tudo.

Acima do que faziam do plano terrestre, existia um destino que os mantinha presos um no outro. Jimin pelo menos, esperava

Jungkook se sentia cada vez mais dando um passo em direção ao abismo. De repente, ele novamente possuía os mesmos hábitos de antes. Era intenso como conseguia se afundar com rapidez. Era intenso como Jimin surgia em sua mente de repente e sentia uma vontade absurda de tirá-lo dali. Sim, existia sentimento. Existia algo muito forte que Jeon Jungkook não conseguia resolver ou decidir o que era dentro de seu peito. Existia uma vontade de voltar no tempo, uma vontade de chegar em casa e beijar Jimin como se fosse a última vez, esquecer porquê agora se encontram assim. Queria pedir ao loiro que tudo voltasse ao normal. Jungkook muitas vezes ouviu do pai que um alfa completo era um alfa com um ômega ao lado - mera hipocrisia de sua parte - mas percebeu que aquele velhote poderia estar certo. Não estava tomando decisões corretas. Não estava sendo justo com Jimin.

Mas simplesmente não conseguia. Não iria conseguir fingir gostar daquela gravidez, muito menos se via no papel de ajudar Jimin com isso. Sentia muita pena daquela criança e do que ela viria a sentir um dia por sua causa. De fato nunca quis isso.

Inclusive, seu pai enlouquecidamente estava tentando lhe enviar um presente, mas curiosamente, Jeon Jungkook mandou se livrarem dele assim que chegou a empresa.

As batidas do seu coração. - JIKOOK ABO Onde histórias criam vida. Descubra agora