Capítulo 42.

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Han-chul com certeza não era o tipo de marido que mimava a esposa com presentes. Pelo menos, não a primeira, porque ela não era apegada a nada que fosse materializado. Com certeza era sua condição que a deixava tão cega, e a tornava uma mulher de espírito que parecia simplista, quando na verdade só estava acostumada demais a andar com roupas de grife. Jeon com certeza gostava de ter uma mulher tão soberana, mas por outro lado, era difícil não conseguir conquista-la com uma bolsa ou sapatos. Ela insistia na carreira ilusória de artista, professora, enfim. Imagine se ela precisasse cuidar daquelas crianças birrentas por necessidade, Han-chul sabia que ela não iria gostar tanto.

— Você está diferente. — Resmungou a mulher, enquanto olhava o rosto do marido atentamente. Vestia um pijama branco que quase parecia transparente e deixava suas pernas a mostra. Atualmente, o maior relevo era seu barrigão.

— Me sinto bonito como sempre. Você que parece diferente. - Respondeu Han-chul, soprando a fumaça do cigarro. Ela odiava aquilo com todas as forças, ainda mais na cama, mas nada que ela pudesse fazer, o faria parar.

— Sinto que minha mãe está infeliz. Talvez nós pudéssemos..

— Ela não vai morar conosco, então nem comece.

— Quando Jungkook nascer, eu vou precisar de ajuda e..

— Não, de jeito nenhum.

— Porque você precisa odiar tanto a minha mãe? Ela fez alguma coisa para você? Não estou pedindo que façamos um quarto para ela nem nada, só a deixe participar.

— Não odeio a sua mãe, a distância vai te fortalecer como mulher e mãe. E mais, ela quem me odeia. Eu nunca fiz nada para ela.

— Eu só tenho ela, Han-chul. Eu não tenho mais ninguém. Por favor, quando o filhote nascer, vamos deixar ela dormir aqui por alguns dias..

— Você só tem a sua mãe? E que merda eu significo para você? Às vezes eu sinto que você só quer me substituir pelo seu pai. Deve ser por isso que sua mãe me odeia, porque você a deixou "só" para ficar comigo.

— Han-chul, você sabe que não foi isso que eu quis dizer! Ela só tem a mim, isso sim. Vai se foder!

— Sua mãe tem a casa dela, e nós temos a nossa, assunto encerrado. Vem aqui, não gosto de te ver emburrada. — A deixando sem falar, Han-chul apagou o cigarro e envolveu-a nos braços. Beijou sua testa, sua mão, e finalmente, beijou sua barriga, abrindo um pouco seu vestido. Ela sorriu, vermelha, suspirando.

— Espero que Jungkook não puxe a sua teimosia.

— E eu espero que ele não puxe seu temperamento.

— Ele vai ser todo errado, cabe a nós concerta-lo até que fique exemplar. Ah dele se for vagabundo, vai precisar de uns bons cascudos, se não... — Murmurou o alfa, acariciando a coxa da esposa.

— Que consertado o quê.. você que precisa de modos. Ele é perfeito. — Sorriu ela novamente, para o próprio corpo, por estar sendo capaz de gerar a coisa mais bonita de toda a sua vida. Amava seu filho.

(...)

Eles só perceberam que estavam no topo quando se encararam sem fôlego. Não tinha ninguém os observando, não tinha nada para atrapalha-lós. Tinham colocado suas preocupações na mesa no dia anterior, e visto que tudo que estavam acumulando eram mal entendidos. Sentir a pele um do outro, no clima mais romântico possível, com certeza era o que mais precisavam.

— Eu estava com saudades. — Jimin falou, mordendo os próprios lábios.

— Eu também estava. Na verdade, ainda estou.

As batidas do seu coração. - JIKOOK ABO Onde histórias criam vida. Descubra agora