As batidas do seu coração. - JIKOOK ABO

Capítulo 2.

A conversa- ou melhor - aviso, dos pais de Jimin sobre o casamento foi exatamente dois meses antes do dia em que se encontravam. O ômega protestou, e muito. Sentia-se invadido e arruinado. Casamento era algo sério, não era apenas assinar um papel e colocar alianças. Colocar alianças, formar alianças.. Na vida de Park, ambas as coisas se tornaram um sinônimo.

Tentou de muitas formas escapar daquilo, e no fim, acabou sendo chamado de ingrato e coisas semelhantes. Sabia que no fundo seus pais não pensavam isso, mas manipulação pelo visto era o único de fazê-lo "entender." Jimin primeiramente pediu para conhecer seu noivo, e então descobriu que não seria possível, pois atualmente vivia nos Estados Unidos, mas em breve retornaria a Coreia e, de acordo com as palavras de seu pai, estaria totalmente devoto ao casamento. As únicas informações que lhe deram foram endereços de locais que pertenciam aos Jeon's e seus feitios grandiosos, como a faculdade que frequentava e coisas que constavam em seu currículo, uma série de habilidades que pouco lhe importavam.
Se perguntava se os bens do alfa eram a única coisa que existia nele. Estava perdido, e se fosse um tarado? Quem sabe se fosse um alfa agressivo? Soube que era um lúpus, e se o machucasse? Tivesse uma mania desagradável? Como iria viver deste jeito?

Sabia de tantos casamentos infelizes por aí.. ser um deles não estava em seus planos. Obviamente não queria criar um estereótipo ou destinar algo ao fracasso mas era óbvio que.. era difícil que algo bom saísse disso. Bo-ra desde então vem tentando fazer o filho ver o lado bom da situação. O primeiro? Oh, Jeon não gostaria de ter envolvimento quanto a escolha do local da cerimônia ou a decoração. Os convidados dele foram selecionados por seu pai e sua madrasta. Isso na verdade, significava que poderia escolher tudo do jeito que sempre tinha imaginado?

Não, isso significava que estava completamente sozinho. Jimin roía as unhas e até mesmo comia a bordinha dos próprios dedos enquanto o organizador de festas lhe apresentava imagens exageradas de casórios, com casais bonitos sorrindo e familia felizes.

Aquilo era tudo uma grande mentira.
Seu casamento era uma grande mentira.
Certamente, seu noivo era uma grande mentira.
Seus futuros filhos, para os outros seriam apenas herdeiros.

Estava sendo melancólico ou pessimista? Não importava, já que estava indo viver uma mentira.

Crianças eram uma das únicas coisas que pareciam claras no momento. Poderia estar planejando um casamento sozinho e estar infeliz com isso, mas mesmo que o tal "Jeon Jungkook" de quem ouviu falar, não gostasse ou não amasse verdadeiramente suas crianças, elas sempre seriam amadas por Jimin, independente de qualquer coisa. Em qualquer circunstância.

Nesses dois meses de contagem regressiva, se viu muito infeliz e preocupado. Ocupou muito a mente com a seleção de absolutamente tudo do casório e a série de compromissos que seus pais lhe deram, além do próprio trabalho. Foi avisado que conheceria seu marido uma semana antes do casamento. Jimin passou o dia no salão e foi altamente mimado pelos pais, como se fosse um boneco de porcelana. Não se passava de um fantoche, um pilar em um jogo de xadrez.

[...]

O hotel estava iluminado. A cobertura do local poderia facilmente causar a colisão de um helicóptero, de tão atrativa que estava. Milhares de lanternas que iluminavam a noite e ressaltavam a piscina, mesas bem montadas, com o nome das pessoas convidadas para o evento em seus respectivos lugares. Era um evento beneficente do hotel, com os principais colaboradores dos últimos tempos. Por isso, era óbvio que os Park's estariam presentes no hotel dos Jeon's. Desta vez, por mais um motivo em especial.

Jungkook estava no local desde cedo, havia se aprontado lá mesmo, na suite presidencial. Pensou poucas vezes sobre o noivo e quando percebeu, se pegou preocupado consigo mesmo. Nada gostaria de ser um marido ruim. Independente de como fosse a pessoa que estava esperando, jamais deixaria de lado seus valores éticos.