Capítulo 8.

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Auribus teno lupum. Termo em latim; "segurar o lobo pelas orelhas."

Jeon Jungkook tinha passado a última semana inteira nos Estados Unidos, para uma reunião com investidores de lá que inclusive, até seu pai estava presente. Claro, o resultado foi nada mais, nada menos que sucesso, mas Jeon vinha sentindo uma agonia sem fim. Pensava mais em Jimin do que gostaria, e os fusos horários não batiam muito bem. Assim que acordava era noite na Coreia do Sul, então Jungkook se pegou acordando ainda mais cedo para poder enviar mensagens para o ômega. Era um tipo de preocupação misturado com ausência. Normalmente não sabia abordar esse tipo de sentimento, então eram mensagens como "Está tudo bem em casa?" "Boa noite, correu tudo certo hoje?" e até mesmo acabou enviando uma imagem da bela paisagem que estava vendo em Nova Iorque, recebendo de volta uma foto de Jimin que inconsequentemente o fez sorrir. Jeon Jungkook não era do tipo de pessoa que se prendia a algo, mas agora estava morrendo de vontade de voltar para casa. Obviamente tinha seus compromissos pessoais,
totalmente a parte e precisava ir atrás deles assim que pisasse em Seul, mas por enquanto só estava se lembrando do ômega e seu sorrisinho todas as noites antes de adormecer.

Jimin passou a semana tentando distrair a cabeça. Tinha desacostumado a dormir sozinho, fazer refeições sozinho ou simplesmente, sem desculpas envolvendo rotina, sabia que estava com saudades de Jungkook. Ele provavelmente não estava curtindo a viagem e o passeio, era viciado em trabalho, mas Park gostaria que ele estivesse aproveitando pelo menos um pouquinho. Se sentindo só, procurou uma série de coisas para fazer e assim tentou se ocupar, também evitando enviar muitas mensagens para Jeon, para não preocupa-ló ou incomodar. Também evitou comentar com Hoseok-ah sobre isso, ele ainda estava em um grande processo de analise de Jeon Jungkook e não tinha um veredito. Deveria apresenta-lós assim como Jeon apresentou o Kim Namjoon? Sim, era uma boa, deveria marcar.

Jimin levantou essa manhã sem mensagens de Jeon. Isso o frustrou bastante, mas resolveu seguir e foi se banhar, para poder descer e desfrutar do café da manhã. O garoto vestia roupas confortáveis mas, também arrumadas afinal, sexta-feira ainda era um dia comercial e em pouco tempo seguiria para o trabalho. Estava sentindo uma boa sensação para o dia de hoje, como se fosse um daqueles dias que você sente que deveria recomeçar a vida e vive-lâ da melhor forma possível. Park deixou o quarto e desceu as escadas, mirando a mesa do café da manhã posta para duas pessoas. Ah, eles devem ter se confundido. Jungkook chegava amanhã, e não hoje. Isso novamente o frustou, estava mesmo com tantas saudades assim? Que nem poderia pensar nele sem sentir vontade de chorar?

Poderia ser uma visita, como sua mãe. Acabou se lembrando que ela fez isso assim que Jeon viajou, apareceu para o desjejum.

— Bom dia meninas. Temos algum convidado?

Jimin perguntou quando atingiu os últimos degraus, e com um olhar sério, Jeongyeon não deu muitas respostas além de três simples palavras, sendo elas "bom dia, Jimin"  que quase mataram o ômega, ela sempre era de falar muito e hoje estava quieta, falava até da previsão meteorológica como se fosse jornalista. Meu Deus, algo tinha acontecido. E se fosse algo envolvendo Jungkook? Ele estava bem? Não tinha enviado mensagens, céus.. não queria nem pensar, uma série de pensamentos horríveis apareceram em
sua cabeça em poucos segundos, odiava ser ansioso e agora até que a pessoa surgisse em sua frente, estaria esperando o pior.

— Bom dia, Ji.

A voz inconfundível pronunciou, surgindo da cozinha e Park abriu um sorriso enorme e mais honesto do que tudo. Toda aquela ansiedade surgiu e quando Park percebeu, seu corpo inteiro dos pés a cabeça estava em êxtase, estava muito feliz mesmo, como se tivessem aberto as portas para o céu. Ele sentiu o nó na garganta se desabrochar como se fossem lagartas e se transformarem em lindas borboletas em seu estômago. Correu e abraçou o alfa, pouco se importando com formalidades, sentiu uma falta enorme do homem, poderia até chorar agora.

As batidas do seu coração. - JIKOOK ABO Onde histórias criam vida. Descubra agora