Capítulo 31.

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— Jimin, você já procurou algum médico? Conhecemos vários maravilhosos, que poderiam acompanhar toda a gestação e atender todas as suas necessidades.— Questionou Han-chul, e o loiro assentiu, sorrindo pela delicadeza e pela preocupação. Uma chama de amor de amor se acendeu em seu peito. Park sabia que Jeon possuía problemas visíveis com o pai, e percebia suas falas um tanto quanto tóxicas ou soberanas, mas ele parecia ser carinhoso quando se tratava família. Talvez fosse o mesmo medico que Jungkook iria sugerir, aquele que fez questão de fugir. Nesse momento, Han-chul estava sendo bastante amoroso.

De certa forma Jimin sentia que estavam validando sua gravidez. Park não precisava da aprovação de ninguém, quem dirá para algo assim. No entanto, vinha estando tão magoado, que de certa maneira, não se sentia ligado ao seu bebê em muitos momentos. Isso pelo simples fato de Jeon Jungkook não reconhece-lo como filho.

— Já sim, está tudo bem. Vou fazer exames em breve. — Avisou, sorrindo de canto. Levemente tocou á própria barriguinha momentaneamente por baixo da mesa. Jungkook notou o ato por relance. Sabia que era tudo encenação de seu pai e não sabia como o loiro iria reagir quando percebesse que Han-chul provavelmente, apenas o via como mais um ômega. Um ômega com dinheiro e saudável o suficiente para gerar uma dezena de herdeiros.

— Existe algum tipo de previsão? Sabem se é um ômega ou um alfa? — Complementou o homem. Jungkook sabia que essa pergunta viria e Jimin lembrou-se do que o marido disse no dia anterior e quis rir. Era muito ingênuo. No fim do dia, tinha poucas pessoas. Tudo era mera conveniência. O pomo de Adão de Jeon se moveu.

— Ainda é cedo, querido. O bebê ainda deve ser menor que uma azeitona. Além do mais, ainda é o primeiro filhinho dos meninos. — Ji-ae falou, com bastante confiança. Jeon sentiu seu sangue fervendo em ódio. Se o primeiro não era o suficiente, pediam o segundo. Se não o segundo, o terceiro. Park se sentiu pressionado porque não tinha controle sobre issso.

— Não haverá segundo, não é uma necessidade e existem questões mais importantes para serem tratadas, principalmente em relação a empresa. — Falou finalmente, de modo demasiadamente rude. Jimin virou o rosto rapidamente para encara-lo. Os pais ficaram boquiabertos e expressões estranhas surgiram em seus rostos. Hee-Soo, pai de Park, cruzou os braços. O grávido por si só, estava extremamente triste com essas palavras. Como ele conseguia ser do mal a esse ponto.

— Poderia saber porquê? Realmente desejam apenas um? Não vejo problemas em relação aos negócios para serem postos nessa posição de alarde. — Questionou, Hee-soo, sem ser invasivo. Jeon Jungkook estava pronto para abrir a boca e dizer alguma besteira, mas Bo-ra o atrapalhou.

— Ah! Ele quer dizer que esse já será um lindo alfinha e não precisarão de mais! Depois pensarão em outros! Sabíamos que uma viagem seria uma ótima ideia. — Falou a mulher sorridente. Jimin sentiu um calor estranho, e seus pelos arrepiarem.  Sentiu uma leve dor abdominal como já vinha sentindo. Tocou o local e franziu levemente o cenho, suspirando fundo. Segurou a mão de Jungkook e atraiu sua atenção. Jeon Jungkook estava claramente pronto para discursar sobre como odiava aquela gravidez de maneira implícita. No entanto, percebeu a expressão do marido.

— Quero ir embora. — Pediu Park, tendo em vista a dor abdominal e a provavelmente merda que ele estava prestes a dizer na frente dos pais. Jeon encarou Jimin como se refletisse. Era apenas uma brincadeira para se livrar de suas palavras ou ele realmente não se sentia bem? Os pais novamente reagiram em conjunto, despertando os dois de seus pensamentos.

— Não! Mal ficamos com nosso netinho! — Exclamou Bo-ra, enquanto o ômega se levantava, e o alfa percebeu que não havia uma saída a não ser, aceitar.

— Estou cansado. — Balbuciou, e todos compreenderam, os dois, vulgo o Jimin e o bebê, não poderiam se esgotar. Mesmo assim era uma situação deveras estranha. Não era apenas a gravidez, eles pareciam esconder mais coisas. Jeon seria o primeiro e levar Jimin nos braços assim que pedisse para sair. Han-chul visualizou deslumbrantemente toda a situação. Não era sempre que seu fiho aceitava um abraço seu. Portanto, ele também se levantou.

As batidas do seu coração. - JIKOOK ABO Onde histórias criam vida. Descubra agora