⁰¹⁹

211 13 1
                                    

Lara Point Of View
___________________________

Eu sei do como Henrique anda sendo babaca, mas, eu ainda gostava dele! Como? Tipo? Eu sou trouxa?

Ok, um pouco, mas preciso falar com alguém, e não pode ser a Sophie!

E o meu orgulho grita, bem mais alto que a necessidade.

ーHuh? Notificação? - Peguei o celular para olhar e era da Anna, minha animação foi maior, eu não falava com ela a quase 1 semana. -  Da Anna! Oque será?

Eu li pela barrinha, e ela tava me chamando para, um açaí?

E o Henrique vai? Por quê ele vai?

Eu aceitei, mas porquê ele vai?

Já lá, ele havia chegado antes de mim.

Eu não havia visto Anna, só Henrique.

ーCadê a Anna? - Eu perguntei antes mesmo de sentar.
ーSe acalma, ela já já chega. - Ele olhou-me estranho, e risonho, ao mesmo tempo. - Você anda muito esquentada comigo, ri mais, se divirta. - Ele riu.
ーAh pelo amor de Deus, virou conto de auto ajuda? - Eu ri, enquanto me sentava.

Papo vai, papo vêm, Henrique resolve pedir um açaí.

ーQuer um? Eu pago, você pede oque você quer tranquilo. - Ele disse.
ーSim, agradeço. - Ele me olhou, meio que falando para eu pedir. - Ok, eu quero leite condensado, leite ninho, morango e m&ms no meu açaí de 400 ml. - O garçom saiu e Henrique riu.
ーOque tem de engraçado aqui? - Olhei séria para ele.
ーAlém da sua cara, que você não muda, sempre a mesma coisa e claro, continuando magra de ruim. - Eu fiz uma cara de deboche para ele , enquanto ele dizia isso. - Em 4 anos você não mudou nadinha de nada, e sabe eu acho isso bom. - Ele pois a mão dele sobre a minha apertando.

Eu o olhei estranha, mas não pedi para soltar, eu gostava daquilo.

ーE a Sophie? - Eu perguntei, para saber se podia deixar rolar.
ーNada mais, 'nadica de nada, princesa. - Ele foi o primeiro homem, a me dizer isso, homem, não mulher, sei lá, ser chamada de princesa é algo único.

Sua mão passou pelo meu cabelo, o pondo atrás da orelha.

Henrique não estava interessado em coisas a mais, o olhar dele me dizia isso, mas também não posso confiar nessa ladainha.

Ele só estava sorrindo.

ーVocê não acha que sorri demais? - Eu perguntei.
ーPrincesa, 'pra você eu sorrio quanto eu precisar, o seu olhar é o meu Sol. - Era fofo, mas brega, porém vamos deixar só o lado fofo e esquecer o brega, ok?

Eu dei um sorrisinho, alegre, eu estava gostando daquilo.

Henrique me observou da barriga até para cima, e meio que engoliu a própria língua? Eu não sei explicar.

Mas era olhar de desejo.

Eu ainda não queria, então, já fiz logo sinal de negativo.

Sua cara ficou de um sorriso, a uma séria tão rápido.

Ah então ele só tinha a intenção?

ーSabia! Você estava mal intencionado! - Eu disse.
ーNão, minha princesa. - Ah então eu era a princesa dele? - Eu só estive agora, te juro. - Ele levantou as duas mãos, como se estivesse privando que não tinha feito nada. - Na verdade, eu vim a pedido da Anna. - Sabia!
ーPara que? - Eu falei cruzando os braços.
ーNão fique chateada, mas, ela queria que você pedisse desculpas, mesmo que ela saiba que está errada, ela não consegue. - Ele disse.
ーAvise-a que não irei, ela tem que aprender a pedir. - Disse. - Só não me levanto agora, pois o açaí ainda não chegou. - Ele riu.
ーÓtimo, nem previsava sair.
ーClaro que sim! Olha que clima chato! - Ele concordou com a cabeça. - Eu adoro, que tudo que eu falo, ou digo, você concorda ou obedece. - Eu ri.
ーPorquê eu te desafiaria, se eu posso te fazer sentir algo que quero? - O açaí chegou o cortando.
ーObrigada! - Disse ao garçom.

Era muito estranho olhar tudo que dissemos, e vermos que estamos num lugarzinho de açaí!

Nós comemos, Henrique ofereceu carona, eu iria andando, preferia ir na carona.

Eu vi o carro deles, mudou uma, limosine agora.

ーO nosso amigo Victor, não muda. - Victor era o motorista, ele está lá desde que éramos pequenos.
ーObrigado Srta. Piquerez, você também. - Ele disse rindo.
ーVou passar anos dizendo para me chamar de Lara, certo? - Disse entrando no carro.
ーCerto. - Ele riu.

O Henrique entrou logo em seguida.

Ao longo do caminho, dava para sentir suas mãos ásperas chegando, mais perto de mim.

Chegando em minha coxa.

Ele apertava elas.

Era uma sensação estranha, o encômodo, mas ao mesmo tempo bom.

Ele sussurrou em meu ouvido

ーPosso? - Disse bem baixo em meu ouvido.

Oque eu diria para isso? Sim? Não?

ーAqui não. - Ele foi desaproximar sua mão na minha coxa, antes que tirasse eu a puis denovo.

Eu estava gostando, mas, ali não, não queria que ele tirasse a mão, mas não queria que fizesse algo.

Nem sei onde eu deixaria, ou quando eu deixaria.

Eu estou maluca de verdade, louquinha, apenas.

Enemies To Lovers |  Onde histórias criam vida. Descubra agora