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Lara Point Of View
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As vezes o filha da puta do Henrique me irrita, e sabe, eu provoco mesmo.

Eu tava precisando de uma festa, de curtir com a Anna e dançar muito!

Preciso disso, e sem o encosto do Henrique encima da gente.

Porém, enquanto não tenho, acho que sobrevivo.

—Merda! - Meu celular caiu, logo Kayo se abaixou e pegou. - Obrigada.

Voltamos a falar, contei oque aconteceu enquanto ele estava fora de São Paulo.

—Poxa, pode excluir o Henrique? Você fala tanto dele. - Kayo disse pegando minha mão.
—Como dizia Paulo Gustavo, quem fala poxa é viado, então tipo, para. - Eu tirei minha mão.
—Nossa, desculpa.
—- "Nossa, desculpa" é coisa de homem frouxo - Eu ri denovo, cheguei atrás dele e sussurrei. - E sabe quem não é frouxo? O Henrique. E eu digo isso em todos os sentidos. - Dei ênfase no "todos", e saí.

A cara do Kayo é tão boa, com ciumes ainda, é tipo muito bom.

E eu ainda o fiz pensar que já transei com o Henrique, eu sou muito foda!

—Merda! Acabou minha bateria, e eu tô na rua. - puis a mão na minha cabeça e ajeitei meu capuz.

Eu estava andando com muito medo, rua escura, bar perto e alguém me seguindo, eu posso ouvir os passos e a respiração, é tão agoniante.

O passo fica mais perto, a respiração mais alto, minha mão começa a suar frio, eu me arrepio toda, é muita sacanagem, logo comigo.

Essa pessoa agarra minha cintura e me beija no pescoço, esse beijo e essa mão não dá para esquecer.

—Henrique! - Eu me virei
—A graça era eu te agarrar sem saber, como soube?
—É.. - Eu hesitei em falar, como eu diria: "Sua pegada, eu não consigo esquecer."?
—Me fale. - Ele me encurralou na parede.
—Quem me obrigaria?
—Eu. - A mão dele acariciava minha coxa esquerda. - Se não disser eu continuo.

Que vontade de dizer: "Pois bem, agora mesmo que não falo.", mas e se eu falar?

—Bom agora que eu não vou falar.

A mão dele chegava tão perto ao meio das minhas pernas.

—Você realmente não percebeu ainda? - Ele disse.
—Oque? - Eu olhava para os lados.
—O meu dedo em você. - Ele sussurrou, e antes que terminasse a frase penetrou um dedo.

Eu dei um gemido pelo susto e o prazer.

Ele ficava movendo seu dedo.

Ele pois o outro dedo, finalmente.

Eu dava gemidos baixos, afinal estávamos na rua.

—Porra, que puta tsão, hoje eu vou te foder. - Ele sussurrou em meu ouvido.

—Por favor. - Eu disse.

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