Cap 02

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S/n pov

Acordei com o som do despertador e, para minha surpresa, sem pesadelos desta vez. Finalmente. Caminhei até a janela do quarto e a abri, permitindo que o ar fresco da manhã inundasse o ambiente. Espreguicei-me, tentando espantar o sono e ajeitar os ossos.

- Preciso voltar a fazer exercícios... - murmurei para mim mesma, enquanto seguia em direção ao banheiro.

O céu estava nublado, e aquela atmosfera trazia uma sensação de nostalgia que apertava o peito. Minha mente, quase automaticamente, viajou para os dias em Nova Iorque com meus pais. Lembrei de como minha mãe sempre se sentava à frente da lareira, segurando sua xícara de chá, enquanto meu pai apreciava seu uísque. Eu, por outro lado, preferia um café e ficava escutando fascinada suas histórias sobre como havia vencido mais um caso no tribunal.

Balanço a cabeça, tentando espantar as lembranças que insistiam em me prender no passado. Hoje, tenho uma consulta com a psicóloga antes da aula, então preciso ser rápida ou vou acabar me atrasando.

Depois do banho, caminho até o closet em busca de algo para vestir. Decido apostar no preto, a cor que nunca decepciona. Escolho uma calça preta, uma blusa preta e uma jaqueta, finalizando o visual com um par de All Stars brancos. Simples, prático e certeiro.

 Simples, prático e certeiro

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- Gatinha. - brinco comigo mesma, sorrindo para o espelho.

Desço as escadas enquanto o aroma forte do café já toma conta da casa. Na sala de jantar, meu tio está imerso no jornal, e minha tia parece ocupada com algo na cozinha.

- Bom dia. - cumprimento, acomodando-me à mesa.

- Bom dia. - ele responde com um sorriso amistoso. - Dormiu bem?

- Como um bebê. - faço uma careta fofa, arrancando uma risada dele.

- Seu carro está na garagem. Por favor, tenha cuidado.

- Pode deixar, tio! - respondo, animada, mal contendo a ansiedade de vê-lo.

Caminho apressada em direção à garagem. Quando abro a porta, lá está ele. Meu coração dispara ao encarar o Jaguar Tipo E vermelho. Aquele carro... o favorito do meu pai. Meus olhos se enchem de brilho e, por um instante, as lembranças dele me alcançam. Lembro de como ele era apaixonado por esse carro, como se, de alguma forma, tê-lo aqui me deixasse mais próxima dele.

Sento-me no banco do motorista, segurando o volante com firmeza, enquanto a saudade se instala, suave, mas intensa. Respiro fundo e sorrio para mim mesma. Hoje vai ser um bom dia.

 Hoje vai ser um bom dia

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