Cap. 17

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S/n Pov.

- Precisamos ir a polícia. - Drª Denver falou de levantando, ela estava um pouco agitada.

- Não! - falei rápido. - não posso ir a polícia, tem muita coisa em jogo aqui.

- S/n você entendi que minha prioridade é a sua segurança né?

- Sim, mas tem o negócio de médico e paciente, a senhora não pode ir a polícia.

- O sigilo médico e paciente não se aplica se você estiver correndo perigo. - ela pegou o telefone.

- Por favor, não faça isso, só me escute antes. - era um pedido desesperando. Eu precisava resolver muitas coisas antes de ir até a polícia!

- Tudo bem, irei ouvir você.

- Bom... Sou uma testemunha, e provavelmente estou sendo procurada, por isso meus tios se mudaram para cá. Preciso saber deles o porquê me esconderam tudo isso, não quero acreditar que eles são envolvidos entende?

- Acredite, eu entendo, mas se eles estiverem mesmo envolvidos? Você está em perigo naquela casa.

- Podemos fazer assim, eu irei com Hope para casa, a senhora me dá dois dias se eu ou ela não dermos sinais de vida, aí pode ligar para polícia. - falei na esperança dela acreditar que daria certo

- Você acredita mesmo nisso? Que ficarei aqui parada por dois dias?

- 2 horas! - Hope se manifestou pela primeira vez. - Se não ligarmos a senhora pode chamar a polícia.

- Tudo bem, vocês têm 2 h contando de agora! - ela falou levando a mão na testa. - apesar de tudo, estou orgulhosa S/n, você não só lembrou como demostrou maturidade. Não tome isso como uma cura, sua mente continua processando tudo, acredito que esse surto de coragem seja apenas adrenalina.

- Certo, eu ficarei bem. - Nem acreditava nisso, mas precisava dizer.

- Não se engane, me ligue caso sentir qualquer coisa, não se cobre demais ou as consequências possam ser uma regressão. - Agora senti medo.

- Não irei, eu prometo! - finalizei indo até a porta, eu precisava sair logo, tinha que encontrar meus tios em casa.

Hope não disse nada, ela parecia bem pensativa, eu não estava muito diferente dela! Caramba, meus pais, tudo foi uma armação, e quem era aquele homem? Fui despertada pelo barulho do celular, peguei o aparelho vendo a foto de Camila brilhar na tela, por um instante senti meu peito se encher de amor.

LIGAÇÃO ON

- Oi, amor. - atendi a ligação tentando manter a voz calma.

- Meu Deus, S/n, onde você está? - ela parecia brava. Olhei o relógio e vi que passava das 2h da tarde, caramba, demoramos tanto assim?

- Estou saindo da terapia agora, não estava muito bem por isso sair mais cedo.

- Poxa, poderia ter pelo menos mandado uma mensagem, fiquei preocupada com você.

- Desculpa, estou indo para casa agora, mais tarde passo na sua casa, tudo bem? - por favor só aceita.

- Ta, vou te esperar para assistimos um filme. - ela falou com a voz fofa

- Estarei lá, eu te amo

- Também te amo!

Encerrei a ligação ouvindo minha amiga rir.

- O quê?

- Não sei como ela acredita na sua mentira. - falou ainda rindo

- Não enche! - virei para janela olhando o tempo, estava sol ainda, mas dava para sentir o frio que teria a noite.
Fiquei pensando em como abordaria meus tios sobre isso, e como convenceria a Dr.ᵃ Denver de que estava tudo bem. Era muito importante que ela acreditasse e não chamasse a polícia.

Everlasting Love 
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