Everlasting Love

Cap 03

— Camila? — pergunto assim que vejo a garota na porta. Ela estava assustada. 

— Desculpa vir assim, mas… — o seu olhar é quase um pedido de socorro. — meus pais estão de plantão e… — sua frase morre assim que escutamos o barulho do trovão.

Ela não precisou dizer mais nada, dei passagem para ela que entrou feito um furacão. Fechei a porta e caminhei até o sofá pedindo para que se sentasse ali, ela estava molhada, estão fui até o armário pegar uma toalha. Camila tinha medo nos olhos, não dava para esconder.

— Você tem medo da chuva? — perguntei para ela que tinha o olhar fixo no tapete.

— Tenho, um pouco — ela diz sorrindo fraco. — tenho medo dos raios e trovões e meus pais estão de plantão, também faltou energia e-e eu–

— Ei, calma, não precisa explicar. — dei um sorriso gentil — pelo jeito que chegou, imaginei estar com medo. — suspirei lembrando que também não sou muito corajosa.

— Eu também não gosto muito da chuva. — digo com um olhar triste. — pelo menos não mais.

— Você se importa se eu ficar aqui? — ela perguntou com receio. Bobinha

— Claro que não! Eu estava fazendo macarrão quando a energia caiu, você está com fome? — pergunto toda besta com seu sorriso.

— Macarrão é? Quero, sim, obrigada — ela me olha de um jeito diferente. (Mulher para)

— Então S/n, quem é você? — Camila pergunta assim que entramos na cozinha. Tinha algumas velas espalhadas iluminando o local.

— Sou apenas uma camponesa. — digo rindo da minha besteira.

— Qual é, iremos passar um tempo aqui. Preciso saber mais que isso! — ela diz revirando o olho.

— Não tenho muito oque dizer. — digo dando de ombro. — em resumo: tenho 17 anos, uma melhor amiga que mora em outro estado, moro com meus tios e só. — digo tudo de maneira simples.

— Nossa, para quem não tinha muito a dizer, daria para escrever um livro. — Camila diz gargalhado da minha cara emburrada.

— Hahaha, cheia de graça. — jogo o pano nela. — então Srtᵃ. engraçadinha, desenvolva um assunto então.

— Bom… Eu também não sou muito popular! Moro com meus pais, tenho uma melhor amiga que você conheceu hoje, não tenho irmãos e o mais importante. — ela faz uma pausa dramática, me obrigando a olhar seus olhos.

— Fala mulher. — pergunto curiosa.

— Estou solteira. — Camila diz com naturalidade. Arregalo o olho em surpresa enquanto vejo sua cara de diversão me olhando.

— E, por que exatamente preciso saber disso? — pergunto olhando nos seus olhos.

— Não precisa, mas achei importante avisar. — ela diz piscando.

— Hum, obrigada pela informação! Lembrei disso quando te levar ao cinema. — digo naturalmente, ouvido Camila tossindo com minha fala.

— Você quer ajuda? — ela pergunta mudando de assunto me fazendo rir.

— Não precisa, estou terminando. — Aviso arrumando a mesa. Sentei ao lado de Camila, às vezes ria das suas besteiras, outra ria do seu susto com os trovões! Minha tia me ligou preocupada, mas logo tratei de acalma seu coração. Aproveitei para avisar que Camila dormiria aqui também, não deixaria ela ficar sozinha.

Se passou umas 3h até que a luz voltasse, fui com Camila até sua casa pegar suas coisas do colégio. Agora estamos decidindo onde ela irá dormir.

— Você pode ficar no quarto de hóspedes — digo subindo as escadas.