CAPÍTULO 28-EM BUSCA DA LIBERDADE

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O caos mais uma vez  tomou  conta do lugar, assim que os guardas viram os dois homens que traziam  a neurocientista doutora  Joana Medeiros como  refém! 

Algumas funcionárias do laboratório, chocadas com a cena, gritaram em pânico e saíram correndo segurando a cabeça.

Joana se mantinha apática, não oferecendo resistência alguma, certamente ainda  tentando processar tudo o que estava acontecendo. 

Os dois amantes continuavam a se comunicar única e exclusivamente por meio da  telepatia:

_A que ponto chegamos, Max...Usar uma idosa como refém...

_Em troca não apenas da nossa liberdade, mas também da liberdade...

_E especialmente pelas vidas dos nossos amigos.

_Se isso nos alivia a consciência...

_Não é uma idosa...

_Mas sim o diabo em pessoa que é capaz de desgraçar a vida de todo mundo...

_Só para conseguir o que quer!

_Situações extremas...

_Exigem  medidas extremas!

_Isso é  legítima defesa!

_Sim...é legítima defesa!

Aquela troca rápida e instantânea de informações  fortaleceu mais ainda  o ânimo dos dois que decidiram que ficariam firmes até o fim! 

Um certo nervosismo começou  a tomar conta dos dois, ao perceberem o posicionamento de alguns seguranças em pontos estratégicos, como se fossem alvejá-los a qualquer momento, como se eles fossem realmente perigosos!

A expressão de Joana Medeiros demonstrava o pane que estava ocorrendo em seu cérebro naquele momento, já contabilizando em quantos crimes ela seria enquadrada! Ela já estava  levantando a lista com  todos os nomes de seus contatos com pessoas influentes que poderiam ajudá-la a se safar!

Para quem se preocupava há poucos minutos apenas com o Prêmio Nobel de Medicina, agora ter que se preocupar com a própria prisão  pelos crimes hediondos que havia cometido parecia  surreal! 

_Soltem ela! _ ordenou um dos guardas apontando uma arma para Max e Ed.

Joana Medeiros teria ordenado que não atirassem, ou mesmo teria ordenado que deixassem que a levassem, mas que não colocassem a integridade física da décima terceira e da décima quarta cobaia em risco! Porém, ela sabia que seria difícil recobrar o controle da situação com a mídia chegando a qualquer momento para bagunçar tudo por ali. 

_Não antes que atendam as nossas exigências! _ disse Ed em tom firme.

_Libertem imediatamente os homens que esta mulher  mantém presos aqui! _Max exigiu. _Ou eu quebro o pescoço dela num golpe só! 

Uma das funcionárias deu um grito apavorado ao ouvir aquilo!

Um negociador se manifestou:

_Calma aí! Vamos conversar! Está tudo cercado e vocês não vão conseguir sair daqui levando a doutora! Soltem ela primeiro e depois a gente conversa com mais calma...

A situação poderia ser descrita como tensa e desesperadora para Ed e Max, se o cenário mais uma vez não tivesse mudado bruscamente. 

Antes que mais alguma coisa fosse dita, um oficial com patente mais alta ordenou que os seus homens  evacuassem o local imediatamente! 

O FUTURO A DEUS PERTENCE-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora