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Jão, point of view,
São Paulo.

Lançar Pirata foi a coisa mais libertadora que fiz por mim, mas existia o peso de não saber se voltaria a escrever com Pedro. Isso era o que doía, talvez fosse as últimas músicas que escreveríamos juntos.

Nossos escritos, juntos uma última vez...

Giovana me convenceu a fazer uma noite dos amigos como nós velhos tempos aqui em casa. Deixei pois Chicória e Vicente já estavam, assim como eu, sentindo a ausência de Pedro e talvez reencontrar seus tios lhes deixem melhor.

— Olá amores! — Gritou Giovana assim que passou pela porta. Usava uma camisa preta e uma calça jeans, um boné na cabeça e uma mochila nas costas. Me seguro pra não abraça-la e então a deixo passar, ela vai direto pro banheiro.

— Hello, bitchs! — Brincou Marília passando de mãos dadas com Zebu, o homem usava uma bermuda cargo e uma regata preta simples, Marília usava um vestido azul clarinho.

— Oi, João! — Mesmo de máscara da pra saber que o moreno sorri pra mim.

— Oi gente, pode ficar a vontade!

— Como se isso não fosse acontecer! — Disse Malu, entrando logo após o casal, indo direto pro andar de cima. Povinho folgado.

— Sabe, cada dia que passa eu me pergunto onde que eu tava com a cabeça de ser amigos de vocês! — Eu falei e então Renan, o último da fila, põe a mão na cintura.

— Até parece que conseguiria viver sem a gente! Se toca, Jão! — Passou e jogou um cabelo imaginário. Sorri pensando o quanto sentia falta disso.

Observo Chicória indo em direção a Marília, que logo se agacha e começa a fazer carinho na cabeça da mesma. Como Pedro fazia. A gatinha ficou ronronando carinhosamente, eu nunca havia visto Chicória dessa forma.

— Quem é você e o que fez com a antiga Chicória, hein?! — Perguntou Renan de forma brincalhona, quando a gata vai até ele sentar em seu colo, pedindo carinho. Ok... Isso era muito estranho.

— E cadê o Vicente?! — Questionou Zebu pondo limpando as coisas que trouxe, assim que Gio saiu do banheiro, Marília entrou no mesmo.

— Tá aqui comigo! — Afirma Malu descendo as escadas com meu gato no colo.

— Ele anda se escondendo muito, não sei onde! — Falei massageando minhas têmporas.

— No quarto do Pedro, mais específicamente no travesseiro dele! — Respondeu Luísa com um sorriso convencido no rosto. Senti minhas bochechas esquentarem e então decido não responder nada, Renan já havia saído da sala, provavelmente tinha ido no banheiro de lá de cima e então ficamos esperando todos terminarem de se arrumar.

A campainha tocou mais uma vez, provavelmente Ana e Vitória haviam chegado.

— Olá divos e divas! — Entrou Ana espalhafatosa como sempre, Marília já tinha saído do banheiro e seu namorado estava lá agora.

— Oi, trouxemos chocolates! — Disse Vitória indo até minha cozinha.

Renan desceu as escadas, então Ana subiu correndo, fazendo-nos rir. Zebu sai do banheiro indo direto fazer as comidas e então Vitória entra no lugar do mesmo. É uma boa nostalgia de nossas antigas madrugadas bebendo.

ɴᴏssᴏs ᴇsᴄʀɪᴛᴏs, au pejão Onde histórias criam vida. Descubra agora