2 - ELA

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Me casei aos 20 anos por obrigação dos meus pais:

- Ou se casa com Felipe ou está na rua, não quero uma prostituta em minha casa.

Até hoje não entendo o que me fazia ser prostituta, mas o obedeci sem questionar.

Seu olhar para mim sempre foi de crítica, bastava respirar um pouco mais alto e lá estava seu olhar fulminante em minha direção.

A imagem que eu tinha de mim quando recebia seu olhar era de um cachorrinho se mijando e saindo de fininho.

Minha mãe pouco fazia para me defender, tudo que vinha dela eram instruções de como ser uma esposa perfeita e/ou como laçar o homem mais rico da festa em que estávamos.

Conheci meu noivo em um jantar de negócios, foi o que me disseram que seria.

Jamais imaginei que iria ser pedido em casamento por alguém como aquele cara.

Ele era bonito, mais alto que eu, tinha um porte elegante e se vestia como um príncipe, mas não era assim que eu imaginava que seria meu pedido de casamento.

Meu casamento foi todo organizado pelas nossas mães, só tínhamos nos visto no jantar e pelo que parecia, eu não era a única contra aquele matrimonio.

Na lua de mel, descobri que meu marido era pior que do que eu imaginava, ele mal me olhava, quanto mais me tocar.

Na volta da farsa de lua de mel, nos mudamos para um apartamento pequeno.

A vida seguia, cada um na sua.

Isso até começar os almoços de domingo com a família reunida.

- É importante engravidar logo nos primeiros 6 meses de casamento, para que não tenhamos dúvidas do casamento.

Era só o que eu ouvia nas reuniões de família.

Mas, eu acho, que meu marido não escutava, pois mesmo após 3 meses de casados e dormindo juntos, ele ainda não havia me tocado.

Não aguentava mais ouvir das famílias e do meu pai que eu era um fruto podre que não tinha capacidade de engravidar, já que o homem é sempre o garanhão.

Sabendo que minha "reputação" perante a família estava em risco, comecei a planejar o que eu poderia fazer para engravidar logo e deixar de sofrer nas mãos daquelas mulheres sádicas.

Tudo o que vinha em minha cabeça exigia a colaboração dele e isso era algo que não aconteceria, do contrário eu já estaria grávida.

A solução não poderia ter sido mais óbvia.

Uma visita ao banheiro de papai e achei o que poderia me ajudar a dar o tão sonhado neto aos meus pais e viver o resto da minha vida em paz. 

 

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