Capítulo 5

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Major 🧸

O sol tava estralando lá fora, acordei com meu menor falando que tava com fome. Esse moleque foi dormir 3 horas da manhã e ainda acordou cedo, não dá pra entender. Levantei e fiz a boa pro menor, deixei ele na sala assistindo desenho enquanto eu tomava banho.

Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura e fui até o armário pegar alguma peça. Lancei logo uma Lacoste no peito e passei meu Malbec, lancei minhas correntes e meu relógio.

Coloquei meu boné e peguei minha rakka branca. Sai do quarto e desci as escadas e fui pra sala, o moleque já tinha terminado de comer e tava deitado no sofá. Peguei o prato e o copo e levei pra cozinha.

MajorMais tarde o papai tá de volta, suave? Fica tranquilo até sua tia acordar. — Fiz nosso toque e peguei o meu radinho e minha peça colocando na cintura, peguei a chave da XRE e fui pra uma padaria perto da boca, tava cheio da larica.

Deixei a moto ali na frente e entrei na padaria, fui até o balcão e esperei alguém vir me atender. Até que a doidona de ontem entrou na padaria e pediu os bagulho pra ela, fiquei palmeando ela e quando ela percebeu meu olhar em cima dela, ela virou e ficou me encarando com a sobrancelha levantada.

Ficamos ali um olhando o outro até que alguém chamou ela, só depois que eu percebi que ela tava com a mesma menina, ela ficou dando atenção para a menina e esqueceu de mim, até que chegaram com os negócio dela e ela foi embora.

Pedi um salgado pra viagem, ia comer na boca mesmo. Queria saber logo da ficha dessa novinha, logo menos coloco pro meu nome, carne nova nunca é demais.

...

Tava sentado na minha sala comendo e olhando uns bagulho, até que entraram na minha sala, quando olhei era o Marcola com uma ficha na mão.

MajorManda o papo — Encarei ele e continuei comendo, ele sentou na minha frente e jogou a ficha na minha mesa. — Que isso?

MarcolaÉ o bagulho que tu pediu ontem, da mina lá pô. Acho que tá tudo ai, tem nada demais não. A mina é suave, faz tudo pelo certo. Só tem umas contas pendente, mas nois consegue relevar. — Terminei de comer e abri a ficha, tava tudo lá; nome, idade, quem era os pais, endereço... Fiz sinal pra ele prosseguir. — Resumindo aqui, a mina perdeu o pai em uma operação e a mãe foi morar em Portugal. Ela tem uma irmã de 5 anos que tem autismo. Pelo proceder, ela leva a irmã pra fazer tratamento lá em Jacarepaguá. Ela trabalha lá na escola do seu filho e tem o emprego na lanchonete desde a morte do pai, faz cota já. Pelo o que me passaram, ela paga os tratamentos com o dinheiro que a mãe dá, mas não é muita coisa não, comparado ao preço dos tratamento. Foi pra isso que tu pediu a ficha, pra cobrar?

MajorFoi nada pô. Ontem ela meteu marra, falando um monte no meu ouvido quando eu fui buscar o Biel. Achei ela gata pra caralho, tava toda marrentinha ontem. Mais ai, o que ela tá devendo? Ela usa? – Abri a gaveta e peguei um papel de seda, saquinho de maconha e um dichavador.

Marcola Que nada pô, a mina nunca veio aqui atrás de maconha e nem os pais dela. O bagulho é que o aluguel tá atrasado, faz uns 2 meses já. — DR entrou na sala junto com o Chaveirin.

DRQual foi? Reunião e ninguém chama nois? — Olhei pra ele que puxou a cadeira e sentou do lado do Marcola enquanto o Chaveirin se jogou no sofá que tinha aqui.

Na Minha MiraOnde histórias criam vida. Descubra agora