capítulo 58

6.2K 288 15
                                    

Suellen 💋

Ligação on

Suellen– O que tínhamos combinado de fazer? Você iria matar o Rodrigo e a menina. Não a irmã dele e o filho.

XxEu não tenho culpa que o filho da puta se escondeu e muito menos que a mulher entrou na frente da criança.

Suellen– Você é um tapado mesmo, só um idiota não iria conseguir acertar uma criança daquela.

XxPelo amor de Deus, Suellen. Faz suas proza dai que eu faço as minhas aqui.

Ligação off

Negueba 🎱

Antes daquela porra toda acontecer, vi a Suellen saindo do mesmo carro que fez o show.

Falei nada porque os mano tava em momento de lazer. Mas eu tava doido pra chegar nela.

Quando eu cheguei na casa do Rodrigo, ela já tinha aparecido de novo.

Negueba– Tu é maluca de voltar aqui. — Ela tomou um susto e escondeu o celular.

Suellen– Eu estou na casa do meu namorado, querido. Você acha que eu estaria aonde?

Negueba– Manda logo o papo, quem era os mano do carro?

Suellen– E eu vou saber? — Cruzou os braços.

Negueba– Te vi saindo do carro dos cara, porra.

Suellen– Para de ser maluco, euem.

Negueba– Única maluca aqui é tu. — Travei o maxilar. — Tu fica esperta. Tô ligado na tua ou tu acha que eu não reparei que depois de tudo o que aconteceu tu sumiu?

Na hora que ela ia falar, a babá apareceu na cozinha.


Babá– A Samantha pediu para você levar a Eliza só hospital. — Olhei pra ela. — E que levasse uma muda de roupa para o pai do Biel.

Negueba– Já é. — Olhei pra Suellen. — Anda na linha tu.

DR 💥

Pavão– Tua filha nasceu, irmão. — Bateu no meu braço.

Olhei para a porta do quarto, onde a Letícia estava e fiquei apreensivo pra caralho.

Não era hospital, muito menos em postinho de morro. Era a porra de uma casa abandonada, toda mofada. Não tinha nada pra ajudar minha mulher, tinha só uma enfermeira e ponto.

Pavão– Fica suave que tua mina tá bem. — Balancei a cabeça.

DR– Pô, com todo respeito, não pode levar pra um hospital? A mina não tem nada haver com isso.

Pavão– Tu sabe que não. Tu sabe que o bagulho é um só. Tu tem sorte que tu tá aqui. — Balancei a cabeça. — Vai lá ver ela.

Entrei dentro do quarto e vi ela deitada com nossa filha no colo.

DR– Ela é a tua cara. — Cheguei perto dela e me abaixei.

Leticia– Linda... — Sussurrou.

DR– Aproveitar que nois ta sozinho aqui. — Ela me olhou. — Tu sabe que eu não vou sair vivo dessa, eu tô fazendo isso por você... Por vocês.

Leticia– Por favor... — Ela balançou a cabeça.

DR– Amor... Quando tudo isso acabar, você tem que ir pro morro, fica lá. As meninas gosta de tu e elas vão te ajudar, ninguém lá vai negar ajuda pra você, porque tu não tem nada haver com essas porra. — Os olhos dela encheram de lágrimas. — Faz isso o quanto antes, tu tá nessa porra por minha causa e eu não vou deixar tu se afundar, tá ligado?

Dei um selinho nela.

DR– Te amo pra caralho, pra caralho. — Dei outro selinho nela. — Tu é foda, me desculpa por tudo.

Ela me olhou chorando e na hora o Pavão entrou no quarto me chamando.

DR– Te amo pra caralho, tu é foda!

Sai do quarto e só consegui ouvir o barulho do choro dela.

Sei que se eu não morre desse lado, vou morrer do outro. Sei também que nunca iriam negar ajuda pra ela e meu único alívio era esse.

Pavão– Ontem nois conseguiu atingir ele, fiquei sabendo que o filho tá em estado grave no hospital e o morro tá na vulnerabilidade, não tem ninguém na contenção. — Parei de andar e olhei ele. — Tu vai subir lá e vai pegar o que tu tem que pegar.

...

Maratona 9/10

Na Minha MiraOnde histórias criam vida. Descubra agora