capítulo 48

5.2K 246 0
                                    

DR 💥

Letícia– Amor, são seus amigos? — Olhou pra mim com um olhar tenso.

DR– Onde? — Olhei ela e depois voltei a encarar a pista.

Letícia– Tem três carros pretos atrás da gente, porque seus amigos estariam te escoltando?

Olhei para o retrovisor e vi que realmente tinham três carros atrás de nois. Troquei de faixa e entrei na saída que dava para o arco metropolitano.

Letícia– O que está acontecendo, Douglas?

DR– Relaxa princesa, só entrei no lugar errado. — Olhei para o retrovisor novamente e os carros ainda estavam seguindo a gente.

Letícia– Para de mentira, me fala o que está acontecendo? — Começou a chorar e me deixou mais nervoso ainda.

DR– Relaxa, Letícia. Tu tá grávida, não pode ficar nervosa.

Letícia– Como eu não vou ficar nervosa, se a gente está sendo seguido. PORQUE?

DR– EU NÃO SEI CARALHO, NAO SEI! — Acelerei o carro e nossa sorte é que o arco é vazio. Principalmente essa hora da noite.

Os carros que estavam atrás da gente acelerou e cercou nois, os cara botou o corpo pra fora da janela e apontou o fuzil na nossa direção.

Letícia– Para o carro Douglas. — Continuei acelerando, não ia parar a porra do carro. — PARA A PORRA DO CARRO!

Olhei pra ela que já estava toda vermelha, o rosto todo molhado de lágrimas. Dei um suspiro e desacelerei e os cara fez o mesmo.

Parei o carro e os cara saiu e bateram na janela com o bico do fuzil. Olhei pra Letícia que estava de olhos fechados e peguei na sua mão. Ela já estava com 9 meses, tava a coisa mais linda do mundo.

Abaixei a janela só do meu lado e fiquei olhando pra frente.

XXDESCE DO CARRO, PORRA! — Destravei a porta e desci. — ELA TAMBÉM, PORRA

Olhei pra ela e balancei a cabeça pra ela descer, ela desceu e colocou a mão na barriga.

DR– Ela tá grávida, mano. Pega leve aí.

Sem muita conversinha, ele me empurrou contra o carro de uma forma que eu conseguisse ver a Letícia.

Eles agarraram ela na maior brutalidade,  tentei me soltar não os cara me seguraram.

Letícia– Não me machuca, por favor. — Falou chorando.

XX- CALA A BOCA, PIRANHA. — Deu um tapa na cara dela. Fechei os olhos na hora que eu ouvi os choros dela.

Letícia– Douglas, me ajuda, por favor! — Aquilo tava me matando, quem quer que for esses caras, eles podem me matar agora. Prefiro a morte do que ver minha mulher e meu filho sofrer.

XXPORRA NUM JÁ MANDOU TU CALAR A BOCA PIRANHA? — Ouvi outro estralo de um possível tapa — Se tu não tivesse descido pra bandido, não taria nessa.

Apontou o fuzil pra mim e veio na minha direção.

Xx- Bagulho é o seguinte, irmão. Vou ser bem direto na parada. — Me puxou e colocou de frente pra ele. — Teu chefe se meteu com os cara errado, tá ligado. Como tu é o mais fraco daquele porra, nós escolheu você.

Eles tiraram a balaclava e na hora reconheci quem era. Os mano do Senador Camará, já entendi a fita toda.

DR– Já entendi a de vocês, não vou fazer isso com o meu mano. Pode me matar aqui mermo. — Balancei a cabeça e fechei os olhos.

Xx– Nois não vai te matar, o bagulho é que se tu não fizer, a novinha sofre as consequências, tá ligado? E nois sabe... Nois sabe que tu não quer ver sua mina sofrer.

Abri os olhos e encarei ele que estava me olhando com um sorriso no rosto, olhei pra Letícia que estava balançando a cabeça chorando, olhei pra ele de novo e levantei os ombros dando um suspiro.

...

Na Minha MiraOnde histórias criam vida. Descubra agora