"𝗕𝗮𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗶𝘇𝗲𝗿 𝗮 𝗽𝗮𝗹𝗮𝘃𝗿𝗮..."
● Classificação +18
● Adaptado por: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟
● A história não é minha. Trata-se de uma tradução/adaptação. Todos os créditos nas notas. Algumas partes adaptadas, alteradas e criadas por mim.
● Capa p...
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_Flashback_
Acordei assustada ao ouvir o som do alarme que ajustei. Era meio-dia da manhã do dia 16 de janeiro, meu aniversário. Hoje eu faria dezessete anos. Acendi a luz ao lado da cama, iluminando meu pequeno quarto. Olhei além dos anos da minha vida.
Tantas lembranças, todas cinzentas e nítidas. Vi as centenas de lugares onde estive, as centenas de pessoas que conheci, as centenas de segundos que vivi, mas nenhum foi repleto de amor. Eu nunca quis essas lembranças, eu nunca quis isso, mas eu nunca poderei perder o afeto pela vida. Eu não precisava ver de onde vim, apenas ver para onde eu estava indo. Mas eu não estava indo a lugar nenhum. Ainda assim, eu precisava seguir em frente.
Nos últimos anos fui espancada, fui jogada no fogo, mas ainda assim continuei de pé, embora isso tenha me rendido cicatrizes que ficariam para sempre gravadas na memória do meu passado. Tormento e tristeza bombeavam em minhas veias, servindo-os a cada célula e órgão dentro de mim, tornando-me imune, não, fazendo-me acostumar com isso. Decorei como eles me apunhalariam, a precisão dos seus movimentos, a hora do ataque, eu sabia de tudo. Memorizei como eles soavam, o tom de suas vozes quando sussurravam sofrimento em meus ouvidos. Eu memorizei sua aparência e eles levaram à existência da única imagem que a realidade produziu.
Minha mãe.
Peguei as velas da mesinha de cabeceira, acendi o fogo com o isqueiro que roubei dos 14 que mamãe tem. Três velas para três desejos.
Eu só precisava de um. Segurei as velas a uma distância razoável do rosto e fechei os olhos. Minhas palavras acabariam por desaparecer no nada, meus esforços em vão, mas eu fiz e desperdicei meu desejo de qualquer maneira.
— Eu gostaria que a mamãe me amasse novamente.
No entanto, eu sabia que era um desejo que nunca poderia ser realizado.