❥ 𝓐 𝓐𝖒𝖆𝖓𝖙𝖊 | 𝔍𝔢𝔫𝔩𝔦𝔰𝔞

❥ 𝟮𝟲. 𝚄𝚖𝚊 𝚙𝚊𝚕𝚊𝚟𝚛𝚊, 𝚚𝚞𝚊𝚝𝚛𝚘 𝚕𝚎𝚝𝚛𝚊𝚜

— Eu serei aquela que ficará com você.

Jennie se lembrou do que Lisa havia dito naquela noite. As palavras que saíam da boca de Lisa se tornaram suas estrelas no céu noturno, isso a manteve acordada, olhando para elas até que ela tivesse mais consciência de que os humanos precisavam adormecer. Os braços de Lisa estavam em volta dela, segurando-a, e tudo que Jennie queria naquela manhã era acordar com o mesmo toque, acordar com o mesmo rosto.

Se ela abrisse os olhos para Lisa depois de cair no reino do sono, Jennie nunca hesitaria em fechar os olhos, porque ela sabia que Lisa estaria lá assim que ela os abrisse.

Jennie pegou uma das mãos de Lisa que estava em suas costas e a puxou para frente. Ela pegou a mão dela e colocou em seu peito, onde estava seu coração, onde mais dói por Lisa. Jennie não sabia se isso iria curá-la ou quebrá-la novamente, mas era adequado ao desejo que seu coração sentia por ela.

— Você sente isso, Lisa? Você não consegue sentir o quanto isso bate por sua causa?

E Lisa acordou naquele momento, e sob a luz do sol envolveu Jennie em um abraço mais apertado, sorrindo sonolenta para ela, mas com os olhos ainda fechados.

— Bom dia, Jennie. — E isso derreteu o coração de Jennie.

Quando Jennie encontrou os olhos de Lisa, ela se apaixonou com um pouco mais de certeza em seus passos. — Bom dia, Lisa.

Lisa só então percebeu que a outra mão estava pressionada acima do peito de Jennie. Mas ela não recuperou a mão, porque sentiu a pele de Jennie se desenrolar lentamente para revelar seu coração. Sussurrava línguas estrangeiras que ela ainda não entendia. Cada batida manifestava uma imagem solene da paixão emocional de Jennie por ela, mas ainda assim ela ainda não tinha entendido.

E agora, olhar para Jennie fez Lisa formigar por todo o corpo, seu coração, seus próprios membros. E elas encontraram seus rostos próximos mais uma vez, seus lábios agora cometas que estão próximos o suficiente para colidirem, mas tímidos o suficiente para perfurar a galáxia que estava entre elas. Mas Jennie provou ser um feitiço de feiticeiro quando Lisa se viu sendo persuadida a se aproximar dela.

Ela estava com os olhos nos lábios de Jennie, pois seus narizes agora se tocavam um no outro. Lisa não negaria que estava dominada por um forte carinho por Jennie, ela havia dito palavras que expressavam isso. Ela conhecia esse tipo de afeto muito bem.

Excedia a dimensão de um platônico.

Seus lábios roçaram um no outro levemente. O contato íntimo deles estava enterrado sob a pele da Terra, elas mal tocavam os lábios, mas sentiam a magia disso se mover como magma, lento, mas que queimava suas entranhas.

Mas terminou antes mesmo de começar.

Grace, sua interruptora pessoal, mais uma vez fez jus ao seu título ao abrir a porta. As cabeças de Lisa e Jennie repeliram quase como os mesmos sinais de um ímã fariam, mas elas ainda sentiram o avanço do magma sob suas peles, em algum lugar perto de seus corações.