❥ 𝓐 𝓐𝖒𝖆𝖓𝖙𝖊 | 𝔍𝔢𝔫𝔩𝔦𝔰𝔞

❥ 𝟳. Ú𝚕𝚝𝚒𝚖𝚊 𝚅𝚎𝚣

— Sinto muito, senhorita Kim, infelizmente não posso permitir isso. — O executor lançou a Jennie um olhar de pena. Eles estavam sentados na esquina do café, protegidos dos olhos e ouvidos do público indesejado. Ela precisou mentir, comprar algo no mercado, para conseguir falar com ele em segredo, e ela não iria embora até que seu pedido fosse atendido.

— Por favor, não posso morar em outra casa, apartamento ou loft? Tem que haver alguma coisa! — Jennie meio que sussurrava, meio que gritava, a voz suplicando para ele. Ela estava à beira das lágrimas, os olhos brilhando de umidade. Desde o incidente com Lisa dias atrás na cozinha, ela não sabe se os sentimentos desagradáveis que ela sente trarão algo de bom para ela e para o bebê.

— Mas ele ordenou que você vivesse sob os cuidados da esposa dele, Srta. Kim, porque ele a engravidou. — O executor tomou um gole de café e limpou a boca com o lenço, deixando manchas marrons.

— Estou te implorando, me deixe morar em outro lugar. Não me importo se é no esgoto ou no cemitério, em qualquer lugar menos lá. Apenas me deixe voltar para meu antigo apartamento. — Jennie passou as mãos pelos cabelos, na esperança de canalizar a frustração para fora de seu sistema.

— Mas o apartamento foi vendido para outro, já que você não cumpriu os prazos. Sinto muito, senhorita Kim, tenho que cumprir as ordens dele.

— Mas ser o executor não significa necessariamente que você fará exatamente o que ele disse! — Jennie olhou para ele um pouco mais frustrada, desejando que ele visse a tristeza plantada em seus olhos. Ele viu isso claramente, mas ainda assim permaneceu impassível.

— Mas eu não sou esse tipo de executor, Sra. Kim, e é por isso que ele me escolheu. Foi apenas uma coincidência que ele morreu enquanto você estava grávida. O testamento afirma que se ele morreu durante a sua gravidez, você viverá sob as ordens de Lisa, mas se não o fez, ele lhe dará o dinheiro para viver bem em outra casa de sua escolha. — Ele terminou o café e se levantou, pronto para sair.

— Deus, me ajude... — O gosto de lágrimas estava nos lábios de Jennie.

— Eu sei que a situação pode ser um pouco frustrante e embaraçosa, mas é muito benéfica, financeiramente, para você. Agora eu imploro, senhorita Kim, que apenas aceite o que foi dado a você. Você e eu sabemos muito bem que você não pode fornecer algo para o seu bebê.

Jennie não respondeu, porque ela sabia que ele não estava contando nada além da verdade.

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Jennie voltou para a suíte de Lisa no calor enlouquecedor do verão de Nova York. Ela sentiu o suor na pele e os batimentos cardíacos acelerados.

O calor do sol em seu corpo era comparado ao que ela sentia por dentro, queimada, chamuscada e cansada. Quando a entrada do prédio estava à vista, ela estava começando a ficar instável, sua visão um pouco embaçada, com os cantos ficando pretos, mas Jennie continuou andando.