❥ 𝓐 𝓐𝖒𝖆𝖓𝖙𝖊 | 𝔍𝔢𝔫𝔩𝔦𝔰𝔞

❥ 𝟯𝟭. 𝙼𝚊𝚗𝚑ã𝚜

Ela parecia tão celestial...

Lisa olhou para ela por um momento, e ela não tinha mais certeza se estava olhando, se ainda estava respirando, se ainda estava viva para ter seus olhos postos nela. Ela estava de lado, seus braços envolvendo Lisa em um abraço solto, mas caloroso. Suas mechas estavam espalhadas por todo o travesseiro, o peito subindo e descendo em respirações constantes. Ela parecia em paz.

Não havia outro ser humano com quem valesse a pena acordar, a não ser Jennie.

A dama, de forma delicada, foi agraciada com uma beleza esculpida pessoalmente por Afrodite, dedos enriquecidos pelo mais macio algodão, cabelos de fios castanhos tecidos com precisão precisa, curvas que envergonhavam as montanhas que as possuíam, e pele pintada pelo mais puro dos brancos.

E Lisa teve que aproximar os olhos para ver se tal dama havia sido deixada ternamente pelos anjos em sua cama, envolvida em seus braços.

Tirando os braços das costas de Jennie, colocando as mãos em suas bochechas, para dar um beijo carinhoso em seus lábios. Lisa ficou completamente imóvel, sentindo o pulso de Jennie contra seus lábios. Instintivamente, Lisa avançou, pressionando-se ainda mais enquanto suas peles mais uma vez queimavam com a sensação familiar uma da outra, seus narizes respirando a fragrância uma da outra, corações reconhecendo as batidas rápidas contra suas jaulas.

Jennie acordou não com a visão dela, mas com a sensação de Lisa. Seus olhos permaneceram fechados, e nesse sentimento ela não viu nenhuma separação de Lisa. Seu coração batia forte por todo o seu ser, fazendo com que ela aproximasse ainda mais o corpo nu de Lisa. Jennie estava quase tímida, afastando-se pouco depois. O tom rosa voltou a aparecer em suas bochechas, enquanto Jennie batia nos lábios de Lisa, sorrindo.

— Por que você está me beijando tão cedo de manhã?

Lisa mordeu o dedo de Jennie de brincadeira antes de responder.

— Eu só queria te acordar.

E Lisa conseguiu.

Naquele momento, o ritmo do coração de Jennie já estava alterado pelo beijo que Lisa deu sobre ela, seus olhos já estavam apertando o amor de Lisa por aquele dia, pelo resto de sua vida, sua mente já estava mergulhando nas imagens do amor delas na noite anterior. Jennie estava acordada.

— É uma coisa boa para acordar. — Jennie sussurrou.

— Talvez eu devesse te dar outro?

As pontas dos dedos de Lisa alcançaram para traçar a marca invisível que ela havia deixado na boca de Jennie, marcas de amor que ela desejava que Jennie estivesse coberta, marcas que ela mesma deixaria.

— Talvez dois?

— Eu gosto de como você pensa.

A manhã não foi capaz de ouvir suas risadas enquanto elas se beijavam, assim como fizeram muitas vezes na noite anterior.