XII. Erwyna

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— Você não precisa se preocupar com isso

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— Você não precisa se preocupar com isso. Não achei que você falou algo de errado, só verdades. — ele falou no meu ouvido, sua voz meio sonolenta. Seus braços me apertando mais contra o peito dele.

— Mas, ela se levantou e foi embora tão rápido, eu deveria ter ficado quieta. — murmurei, meus olhos fechados enquanto eu sentia uma mão dele acariciar círculos em minhas costas.

— Wyna, você falou sua opinião com sinceridade que ela mesma permitiu. Se ela não aguenta ouvir essas verdades, então isso é um problema que ela deve resolver sozinha. E não você, me ouviu? — ele murmurou, me olhando com seriedade.

Eu assenti, suspirando. — As vezes, sinto que ela vive duas pessoas: uma que é totalmente devota do parceiro e a família dela, que não aceita verdades que vão contra ela e o ponto de vista dela. E a outra, que é a minha amiga e que anseia por ser livre, para ter uma vida fora daquele quadrado que foi imposta pela família.

Eris sorriu, beijando o meu nariz. — Eu amo quando você fala toda inteligente assim. Me dá um tesão...

— Eris! — eu ri, acertando o ombro dele levemente. — Seu safado.

Ele riu baixinho e me olhou com um sorriso amoroso. — Não tem como não ser com você por perto, minha deusa. — ele me beijou de forma sedutora antes de se afastar e me olhar com uma expressão mais séria. — Mas falando sério agora, eu acho que você se preocupa demais com ela, Wyna.

— Eris... — eu comecei mas ele balançou a cabeça, me fazendo suspirar.

— É sério, Wyna. Eu sei que você tem tendência em se preocupar demais com as pessoas ao seu redor — e eu amo isso em você — mas você está se dedicando tanto a ela quando ela não dedica um terço da sua dedicação a você. — ele disse, e minhas bochechas ficaram vermelhas. — Você está sendo basicamente uma válvula de escape dela. Que é alguém que ela desabafa, escuta os conselhos para no dia seguinte ignorar eles e continuar repetindo os mesmos erros, e no fim, você é só um alguém que ela pode usar para se distrair e desabafar e depois largar quando não é mais necessário.

Eu escondi meu rosto no pescoço dele, me sentindo envergonhada com a sinceridade brutal dele. — Acho que você tem razão. — murmurei.

— Eu sempre tenho razão, minha gata. — eu ri baixinho e revirei meus olhos, voltando a olhar os olhos dele.

— Mudando de assunto... Você disse que ia me contar sobre quando descobriu o laço de parceria. — eu sorri maliciosa, beijando o queixo dele.

— Sim, sim, eu disse... Bem, eu já tinha uma suspeita sabe? Desde o dia que eu te conheci, sempre me sentia atraído por você. — ele me olhou, seus olhos demonstrando um amor puro. — Mas então, em uma das noites que estamos conversando ali no bar, quando eu olhei para você e você sorriu para mim, eu senti. O laço se encaixou. E foi como se tudo ao meu redor tivesse ficado em silêncio e eu só conseguia ver e escutar você.

A Court of Lies and Cruel TruthsOnde histórias criam vida. Descubra agora