XXXII. Erwyna

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— Por que você aceitou dar uma segunda chance para ela, sabendo que ela não vai terminar com o Rhysand? — começou o meu parceiro, me olhando enquanto ninava Anna em seus braços e eu a Bella, após eu ter dito sobre ter aceitado as desculpas de Feyre. — E sem falar na grande probabilidade de acontecer tudo de novo?

Dei de ombros, ajustando minha filha no seu cobertor enquanto colocava ela no berço. Mesmo de costas para o ruivo, eu sentia o olhar dele em mim e então eu o observei colocando Anna no berço ao lado de Bella.

Eris suspirou e nós dois saímos silenciosamente do quarto das gêmeas, não querendo acordar elas de novo.

— Eu não sei. — eu respondi com sinceridade, após ele fechar a porta delas. — Feyre e eu temos uma conexão diferente.

— Diferente. — ele repetiu, processando a palavra.

— Sim, diferente. — falei e ele me olhou. — Nita é minha melhor amiga desde crianças, crescendo juntas em uma situação difícil. Myrna é aquela amiga mãe, que te abraça e acolhe e sempre te aconselha. Mas a Feyre é... Diferente.

Ele assentiu, me deixando pensar com cuidado nas minhas palavras. — Acho que temos uma história de vida parecida. As duas lutam para sobreviver e então encontram alguém que as salva, e agora tem tudo que sonharam. Uma família. Pessoas que podem confiar de olhos fechados. Que sabe que estão lá.

— Eu não imaginava que você se sentia assim. — falou meu parceiro, sentado ao meu lado da cama, acariciando a minha mão.

Eu suspirei e deitei minha cabeça no ombro dele. — Acho que é uma coisa que eu observei depois que conheci ela. Mas a diferença entre nós duas é que eu fui salva pelo amor platônico e ela pelo amor romântico. Tudo que fiz foi pelos meus amigos, e tudo que ela fez foi por alguém que amava romanticamente, seja o Tamlin ou o Rhysand.

Eris beijou a minha cabeça, acariciando o meu cabelo carinhosamente. — Achei que você ia me dizer que eu te salvei e que agora sou o seu herói.

Eu ri baixinho e o olhei, sorrindo. — Você me salvou também. Sei o que é um amor verdadeiro através de você e você me deu as meninas, que era um amor que eu pensei que nunca ia sentir na minha vida. Você é meu herói.

Eris sorriu corado, segurando meu rosto enquanto me beijava, após o nosso beijo, me sentei no colo dele, tirando os meus óculos enquanto a gente trocava beijos carinhosos.

Ele se afastou e me olhou com tanta intensidade que senti um arrepio em meu corpo. — Você foi a primeira pessoa, além da minha mãe, que eu entendi como é ser amado. Acho que não tenho palavras o suficiente para expressar como eu sou grato por você me amar inteiramente.

Eu sorri com carinho e beijei a ponta do nariz dele. — É porque quanto mais conheci e conheço você, mais eu vejo como você é alguém fácil de amar.

E Eris me beijou, com intensidade enquanto suas lágrimas escorriam pelo rosto pálido e com pequenas sardas nele.

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A Court of Lies and Cruel TruthsOnde histórias criam vida. Descubra agora