❄️ CAPÍTULO 16: Curiosamente diferente.❄️

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Tatum

Zeus estava mais quieto do que o de costume, ficava fumando na janela do quarto como se o Ezequiel e eu não precisássemos de um pouco de privacidade. Ele fez isso pelos últimos dois dias e estava estranhamente estranho desde que não parava desgrudado no celular, falando coisas em mandarim, rápido o suficiente para eu não entender ou decorar qualquer palavra.Eu acabei desistindo da minha curiosidade e só o deixei em paz.

Meu segundo pai tinha chegado na noite passada, parecia que tinha ido para guerra e perdido de tão ruim que parecia sua expressão quando ele chegou na casa do Ezequiel, ele odiava aviões, mas era mais rápido e seguro do que atravessar o oceano inteiro sozinho, teria demorado mais também.

Em resumo, não aconteceu mais nada de especial desde aquele dia. O Quiel não me perguntou mais sobre as minhas memórias depois que saímos do hospital, parecia um pouco diferente também, mais protetor e presente, calmo e antencioso comigo, senti que de alguma forma estávamos mais próximos e sincronizados e isso era muito bom.

Nesse momento, enquanto o Torsten estava com o Ezequiel na cozinha, ele decidiu que queria aprender a cozinhar quiabos e vagem na carne, já que comeu em algum lugar na beira da estrada e gostou muito. A Evie estava pitando rosto com uma maquiagem em formato de borboleta, isso depois de ter andado pela casa com uma peruca vermelha do Ezequiel, ela parecia bem mais feliz depois que começou a brincar com as outras crianças e a praticar a densenho.

— Você está bem melhor depois de ter levado um soco na cara. — Zeus comentou de repente, sendo desnecessariamente maldoso.

Toquei o meu rosto com carinho, depois aue me lembrei de tudo o que aconteceu, das minhas atitudes babacas e desesperadas, me sentia ridículo, e achei que apanahr do Quiel era pouco.

Se meu cérebro não fosse programado para que eu não pudesse me machucar, eu mesmo teria me dado um soco no rosto. Como pude esquecer nosso presente?

Se não fosse pela minha perda de memória, eu teria feito a vida do meu companheiro um completo inferno ao até o fim, só porque eu tive medo de enfrentar uma mulher medíocre como a Menezes.

Eu não sabia onde aquela desgraçada estava, e muito menos o motivo de ter ficado tão quieta, talvez tenha sabido do que aconteceu e desistiu de mim, que fosse isso! Meu objetivo nunca foi vingança, muito menos nesse momento, eu jamais seria capaz de trazer desgraça para mimha família, eu poderia viver como um covarde, mas não como tolo que abandonou a todos por causa de vingança.

— Ao menos acho que não tem mais segredos entre mim e o Quiel. Ele sempre foi tão sincero. Diferente de mim. — Sacudi a minha camisa branca e estreitei os olhos, olhando atentamente se não tinha nenhuma mancha, por mínima que fosse. — Estamos bem.

— Ele tem uma personalidade interessante. Dá para ver claramente que é o ativo da relação.

Eu parei de dobrar as camisas e olhei para ele, achando sua atitude um tanto suspeita. Ele nunca puxou assunto comigo, quanto mais soltou piadinha.

— Tá querendo me perguntar alguma coisa?

— Você é realmente um cara inteligente, não me admira que aquele velho idiota tenha se afeiçoado a você, ao ponto de interceder. — Sorriu de canto, até me assustei.

Ele estava estranho.

— De quem você tá falando? — Perguntei curioso, ele estava fazendo tantas expressões novas que chegou a me deixar com uma pulga atrás da orelha. — Por favor, evite falar por código.

— Do seu chefe.

— O que tem meu chefe? — Juntei as peças de roupa dentro da mala, queria já deixar tudo organizado para quando fôssemos voltar para casa.

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