❄️ CAPÍTULO 12: Primeiro Lapso ❄️

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Tatum

Estavamos dentro do carro apenas cinco minutos, ele dirigia bem, sempre mantinha o olhar concentrado na condução, não passava da velocidade limite, reduzia para pedrestres sem ser nas faixas, dentre outras coisas pequenas, mas que não deixavam de ser importantes, que me fez sentir um orgulho diferente por ele.

Meu marido era incrível.

Ele fez o trajeto inteiro em vinte minutos e em silêncio, não questionei o motivo porque sentia suas intenções me perfurando como arpões, quando chegássemos enfim na sua casa, sua cama teria uma grande estreia, ao menos era o pressentimento que dominava nesse momento.

Por falar em casa, na sua sendo mais específico, não era nada como imaginei, ele morava num sobrado pequeno, a janela de vidro ficava de frente para a rua, um quintal minúsculo na entrada e que estava meio morto, portões altos pintados de branco, a estrutura tinha um formato bem quadrado e a varanda do quarto é que se destacava pela enorme janela e as cortinas cor de creme.

— Achei que fosse menor. — Desci do carro e fechei a porta com cuidado, olhando para o interior da garagem, ainda atinha espaço para uma moto, mas estava ocupando com uma bancada e um armário de ferramentas.

Ele era mecânico também?

— Não posso morar em um lugar menor do que esse, sou um acumulador. — Caminhou depressa em direção ao portão para fecha-lo, então me chamou, fiquei meio tímido. — Venha, ou quer voltar e fazer isso no carro?

A gente realmente estava se preparando para transar?

— Eu vou entrar. — O segui e olhei para a pintura em tons de marrom e branco na parede o que já era bem mais colorida que a minha casa. Ele abriu a porta da frente, sendo que poderíamos ter entrado pela da garagem, e seguiu na frente — Com licença...— Falei baixinho, olhando tudo ao redor.

Ezequiel jogou o molho de chaves na tigela do armário sem portas do hall, deixou os chinelos do lado de fora e segurou a minha mão para continuar entrando. Ele não me deixou olhar tudo com calma, eu sabia que um sofá de três lugares existia porque quase tive que passar por cima dele, um monte de retratos na parede, vasos, livros, tapete no piso, era tudo colorido, assim como o corrimão vermelho da escada que me levou até o topo, para o quarto dele com nada menos do que o fundo do mar pintado no teto, também descendo pelas paredes.

Uau!!!

— Ezequiel, que bonito! — Ele não tinha exagerado quando disse que gostava de orcas. — Por que tem um espelho no teto?

Ele me lançou um sorriso malicioso e tirou a roupa em um piscar de olhos, então me empurrou para sentar na cama. Olhei para cima, para o meu próprio reflexo, também para o dele que parecia um paraíso desse angulo e fiquei só encarando a imagem enquanto o Quiel deitava sobre mim, sua bunda redonda sendo abraçada pelas minhas pernas.

— O que isso, Tatum!? As pessoas geralmente ficam com vergonha quando olham isso. — Me deu um sorriso ladino, se encaixando ainda mais entre as minhas coxas, me fazendo soltar o ar quente dos meus pulmões. A fricção entre o seu corpo nu e o volume sufocado pela minha calça estava me deixando molhado. — Você as vezes é tão safado, eu amo isso. — Pensou alto.

Não era que eu fosse um safado, ele quando me olhava desse jeito quente me deixava louco, me sentia vulnerável, meu interior pulsava com fome dele.

— Eu acho bom tomar um banho primeiro. — Sugeri, notando que realmente iriamos inverter os papéis. — Ezequiel?

— Me deixa te sujar, então. — Fez uma proposta puramente sexual, eu ri com isso, mas não era para rir. — Deixa, seu bobo.

— Você ta cheiro de areia também.

CaramelOnde histórias criam vida. Descubra agora