Nadja
Esse era o momento mais importante da minha vida, até mais do que quando fui resgatada, ou quando me casei e descobri que estava grávida, até mesmo quando o meu filho me chamou de mamãe pela primeira vez.
Esse era o momento do nosso reencontro, praticamente voltei dos mortos e iria poder tocar e segurar meu filhote nos braços, assim como roguei a Deusa por mais de vinte anos.
Era óbvio que eu estava nervosa, nem mesmo consegui comer, a sensação de enjoo se instalou no meu estômago e meu coração batia estranho sem motivos, na realidade, ele tinha o maior do mundo para se comportar dessa forma.
— Você deveria ter comido. — Oscar olhou pela última vez as minhas roupas de frio e fechou a mala sobre a cama.
Estávamos a mais de um mês na ilha de Hong-Kong em uma casa praiana do Cheng, ele ficou conosco para acompanhar nosso tratamento e forneceu o mínimo e muito mais do que precisávamos, desde remédios a tratamentos estéticos inovadores e super caros, a roupas que nunca sonhei em provar, saris dignos de princesas.
Se a intenção do senhor panda era elevar a minha autoestima, ele conseguiu no momento em que me levou a um cabeleireiro, a um SPA, quando contratou uma senhorita para me ensinar sobre as últimas tendências da beleza indiana.
A cara do meu marido ao me ver com a joias, trajada como eu normalmente fazia e tendo os meus olhos marcados foi uma das coisas mais fofas que vi em anos. O que estava congelado entre a gente derretou no momento em que, sem dizer uma palavra, ele me puxou para nosso quarto e me beijou como se sua vida dependesse disso.
Eu teria desconfiado do meu companheiro se eu não pudesse ler sua mente e saber seus sentimentos quando disse que o motivo de ter se afobado tanto foi porque me viu sorrindo. Como eu não poderia sorrir? Não conseguia me envergonhar da minha aparência, me sentia linda e amava que tinha gostado do que eu gostei.
Desde disso, tivemos muitos momentos para descobrir jeitos de nos cuidar, de melhorar nossa relação, não tínhamos mais aquela preocupação de ficar dividido comida, apesar de que o costume de partilhar tudo do que tinha no meu prato com ele não iria embora tão facilmente, então resolvi dar um novo significado, mudei a intenção dos meus atos, não era mais "coma, porque você precisa ficar vivo" mas "experimente, está delicioso, meu amor".
— Não consigo. — Pensar sobre comida me fez lembrar que estava conversando com o Oscar e acabei ficando distraída. — Estou ansiosa.
Me cuidei esse tempo todo para poder não ter nada no meu caminho que impedisse de ficar um longo tempo qo lado do meu filho.
— Não quero que fique doente, pense que o Tatum não desejaria isso também. Venha aqui. — Segurou a minha mão e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. — Precisa se alimentar, nem que seja só um pouquinho.
— Eu realmente não consigo comer. Só de pensar que iriei ver meu filho em breve, sinto que posso morrer de alegria.
— Mas isso não significa que você tenha mesmo que morrer de alegria, Nadja. Eu peguei alguns biscoitos e tem geleia, seja comprenssiva ao menos em imaginar que estou imensamente preocupado com você. — Me sentou na cama foi até a sua mochila sobre o criado mudo perto do espelho ao lado da porta e trouxe em mãos os biscoitos e a geleia.
Não retruquei mais, ele tinha razão e também não queria deixá-lo preocupado. Estávamos fazendo acompanhamento psicológico desde que voltamos, o Oscar sofria especialmente de estresse e ansiedade, seus problemas de pele pioravam quando ele tinha alterações de humor muitos bruscas, e grande parte da suas dores de cabeça dizia respeito a mim.
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Caramel
FanfictionTatum Lavish é um shifter um tanto problemático, mas está decidido a não cometer o mesmo erro de antes e magoar seu companheiro, quer enfrentar seus medos e fazer o possível para fazer o afrontoso e bonito Ezequiel ser seu. Quanto ao Quiel ciumento...