❄️ CAPÍTULO 4: Demos um passo. ❄️

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Quiel

— Hã? — Piscou desnorteado, me fazendo sorrir.

Eu esperava essa reação fofa vindo dele.

— Você não assiste conteúdo mais dezoito? Eu tenho preservativo, não vou encostar minha boca diretamente em você, mas vai ser gostoso. — Sugeri, resistindo a tentação de enfiar minha mão na sua calça.

— Chu... — Ficou com o bico paralisado, me olhando como se eu fosse doido. — Tá doido?!

Eu sabia que ele não ia topar...

— Eu coloco em você, é seguro, também uso uma para me tocar, sem bagunça, sem perigo, se você não gostar eu paro. — Falei baixinho, esperando que ele não saísse correndo. — Você não gosta da ideia por que eu vou te tocar? Ou por que sou eu te tocando?

Ele saiu de cima de mim, indo sentar na outra ponta do sofá, ajeitando a camisa que eu baguncei no seu corpo. O Tatum parecia meio pálido e mal, então limpei minhas mãos com um dos muitos fracos de álcool que tinham espalhados pela casa e fui lhe oferecer a água. Ele aceitou em agonia, tomando tudo e fechando os olhos com força.

Fui rápido demais.

— Deixa isso pra lá então, não precisa fazer se não gosta da ideia. Já são onze da noite, quer dormir? Prometo que mantenho minhas mãos longe de você.

— Não. — Respondeu de imediato, me olhando nervoso.

— Okay. Eu vou para o quarto então, me desculpe. — Eu levantei do sofá, esperando ele me pedir para ficar, ou sugerir outra coisa, mas o Tatum só me deixou ir.

Eu deixei a porta destrancada, meus calçados na lateral da cama e me lamentei por ter estragado a noite. Eu deveria ter começado pelo beijo, ter pedido para me abraçar, para morder e chupar meu pescoço, ele já estava quase fazendo isso e eu fui precoce demais e estraguei tudo!

Que burro!

Deitei na cama, me cobrindo e deixando os braços de fora, e apaguei a luz assim que notei que o Tatum não viria atrás de mim. Eu queria chorar, e meio que fiz isso um pouco, estava me sentindo péssimo.

Já quase dormindo eu vi o meu companheiro entrar e não ligar a luz, ele fechou a porta, caminhou pelo quarto e sentou na cama para poder tirar os calçados, como eu estava no cantinho da parede, tinha bastante espaço sobrando e arregalei os olhos quando ele mergulhou debaixo da minha coberta e passou o braço por cima da minha cabeça para ligar a luz.

— Seu espírito tá grunhindo. — Avisou, passando a mão no topo da minha cabeça e puxou uma das orelhas felpudas no topo dela.

Fiquei roxo de vergonha, de modo que coloquei a cauda para o meio das minhas pernas, me encolhendo.

— Vou fazê-lo parar! Desculpe!

— Eu não sou assexual, Ezequiel. Você ainda quer fazer? Eu preciso tomar um banho antes?

Eu não achava que seria uma boa ideia passar álcool nas partes íntimas, mas não sabia como fazer para isso poder entrar de forma segura na boca de outra pessoa.

— Não! Não precisa! — Me apressei em soar firme. — Você é a pessoa mais limpinha que conheço, eu escovei bem os meus dentes. Eu posso? — Mordi a coberta, já com água na boca, babando de verdade.

Ele puxou a coberta para eu parar de babar ela e passou o braço ao meu redor, me puxando para um abraço sobre a cama, voltando a me cheirar.
Seu odor de tempestade também me agradava, era forte, fazia um rebuliço no meu estômago.

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