Estou no corredor do hospital, rodeada por pessoas chorando. Olho para o quarto ao lado, onde os pais de um menino estão visivelmente angustiados. Uma coberta cobre um corpo na cama do hospital, e embora esteja coberto, posso ver que é uma criança, talvez com uns sete anos. Essa cena me deixa com um aperto no peito, um pressentimento ruim, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer.
A enfermeira, uma mulher de meia-idade com um olhar preocupado, está ao lado de uma paciente loira.
"- Senhora, não se preocupe, tudo vai ficar bem", a enfermeira tenta tranquilizá-la.
A mulher, cujo rosto está parcialmente escondido, parece angustiada, agarrada aos lençóis da cama.
"- Eu... eu estou com um pressentimento ruim", ela responde, sua voz trêmula de ansiedade.
A enfermeira tenta confortá-la:
"- Vou cuidar de você, não se preocupe. Estamos preparados para qualquer eventualidade", ela diz, tentando passar confiança.
Enquanto isso, vejo um grupo de enfermeiros e médicos conversando entre si, preparando os equipamentos antes do parto. Um enfermeiro pergunta:
"- Todos os exames estão normais? Vai correr tudo bem?"
O médico, um homem moreno com olhos determinados, responde:
"- Sim, está tudo perfeito. A paciente está saudável, o bebê está ótimo, cheio de saúde. Não há chance de dar algo errado. Temos 100% de certeza de que o parto será tranquilo."
A notícia traz um alívio momentâneo para a mulher, que parece se acalmar um pouco diante das palavras reconfortantes dos profissionais de saúde.
Minha respiração se acalma um pouco, mas a sensação de inquietação persiste enquanto observo a cena do parto se desenrolar diante de mim. Os médicos e enfermeiros estão ocupados, preparando-se para receber o bebê que está prestes a nascer.
No entanto, à medida que o momento se aproxima e o bebê começa a emergir, os batimentos cardíacos da mulher começam a diminuir. Um silêncio tenso paira sobre o ambiente, interrompido apenas pelo som dos monitores cardíacos.
Os médicos trocam olhares nervosos, incapazes de entender o que está acontecendo. O desespero começa a se infiltrar em suas expressões enquanto tentam estabilizar a situação.
O médico principal, cuja confiança antes era inabalável, agora parece incerto, seu rosto tenso com a gravidade da situação. A enfermeira, que antes estava tão confiante, agora parece perdida, seus movimentos rápidos e descoordenados.
Eu assisto atônita, incapaz de fazer qualquer coisa além de observar enquanto o caos se desenrola diante de mim. Uma sensação de impotência me envolve, deixando-me paralisada diante do horror que se desenrola diante de meus olhos.
Os médicos estavam em pânico, suas vozes se sobrepondo em um frenesi de desespero.
- Não sei o que está acontecendo! - um deles exclamou, sua voz carregada de tensão.
- Estamos perdendo-a! Precisamos estabilizá-la agora! - outro respondeu, visivelmente agitado.
O enfermeiro tentava explicar suas ações, enquanto os médicos buscavam respostas.
- Eu fiz tudo o que pude, mas os batimentos não estão respondendo! - disse o enfermeiro, com a voz trêmula.
- Você fez alguma coisa errada! Isso não pode estar acontecendo! - acusou um dos médicos.
- Eu juro, segui todos os procedimentos! - defendeu-se o enfermeiro, em tom desesperado.
A situação era caótica, e a tensão só aumentava.
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O CASTIGO DE HADES
Short Story❚ M I T O L O G I A ❚ Nêmesis sempre acreditou ser uma garota comum, enfrentando os desafios típicos da adolescência, como o bullying e visões estranhas. Mas tudo muda quando descobre que seus pais são, na verdade, seus tios, e que é filha de Hades...