┃capítulo 1

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❚Nêmesis Solon

❚Nêmesis Solon

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Pera lá! Antes de seguir em frente, preciso te contar uma coisa. Se não quiser se envolver até o último fio dessa história, é melhor fechar o livro agora. Muitos leitores entram tanto na história que acabam chorando, imaginando se isso poderia acontecer com eles na vida real. E acredite, sentir raiva faz parte do pacote também.Então, se ainda está pensando em continuar, é bom saber onde está se metendo.

Eu estava em um lugar estranho, um escritório escuro e repleto de livros. A noite envolvia tudo lá fora, enquanto eu estava sozinha na sala. Meu corpo parecia se mover por vontade própria, enquanto eu espiava pela porta entreaberta.

Um homem velho, quase careca, com fiapos de cabelo branco, estava sentado em uma cadeira de escritório. À sua frente, uma mesa coberta de papéis e documentos. Alguém estava diante dele, mas não conseguia ver quem era.

- Tem certeza do que viu? Você já sentiu? - a voz do homem velho era grave e maliciosa.

- Não senhor, eu não tenho certeza... Ele sabe esconder os objetos muito bem... - a voz trêmula da pessoa não identificada respondeu.

- Sátiros são mesmo inúteis! - o velho alterou sua voz, cheio de desdém.

O sonho era tão real que parecia que eu estava mesmo lá dentro. Eu podia até me mover. O velho olhou para mim, como se eu estivesse realmente lá.

- Acorde, não está na hora ainda!

De repente, meu coração começou a bater rápido, meu corpo se movia de forma estranha e eu respirava ofegante. Tudo foi ficando mais rápido até que... eu acordei, assustada. Minha respiração estava acelerada, como se eu tivesse acabado de correr uma maratona.

Quando acordei, estava toda suada. Até minha cama estava molhada. Não era de xixi, só para avisar.

Era de suor. Muito suor. Meu coração estava acelerado até agora. A minha respiração estava muito ofegante. Estava até para ouvir, de tão alta que estava. Eu parecia que estava desesperada, mas na verdade eu parecia bem calma. E eu não sei de onde veio aquele sentimento de medo. Mas aquelas pessoas pareciam que sabiam que eu estava ali o tempo todo.

Minha mãe, ouvindo, entra no quarto e me pergunta...

- Pesadelo de novo, querida? - ela tinha uma voz gentil e calorosa.

Ela era uma mulher de aparência muito gentil, com cabelos pretos curtos até o pescoço, bonitos e bem hidratados. Tinha uma aparência muito calorosa, já dava para perceber que estava na casa dos 30 anos, e seus olhos pretos eram acolhedores.

- Sim, mãe... Eu não entendo. Será que eu sou doente? Será que eu sou louca? Eu tenho esse pesadelo toda noite. Eu só tenho esse sonho, mãe. As pessoas têm o mesmo sonho todos os dias?

- Não, querida, mas não se preocupe. Isso não passa de um pesadelo. Ele não é real.

- Tem certeza, mãe? Tem certeza de que eu não estou ficando louca? Eu sou forte, você pode me dizer? - falei ainda ofegante.

- Querida, você não é louca. É só um sonho, você só está assustada... Bom, eu também tenho muitos pesadelos, e se você achar que é uma louca, saiba que as pessoas malucas são as melhores! - ela falou carinhosa, dando um tapinha na minha bochecha.

- Mãe, não adianta você jogar essa frase de Alice no país das maravilhas! Sério, essa frase não cola mais! - falei ainda ofegante, tentando rir para aliviar o clima. - E além do mais, sou mais Malévola do que Alice no momento!

Minha mãe riu, balançando a cabeça. - Você e suas comparações inusitadas, filha. Mas sério, não se preocupe. Esse sonho é só um pesadelo. E se você for louca, pelo menos vai ser a louca mais divertida que eu conheço!

- Obrigada, mãe. Pelo menos me sinto melhor sabendo que se eu surtar, serei uma surtada divertida! - respondi, já me acalmando aos poucos.

Eu sorrio para minha mãe, mas então lembro de um pequeno probleminha: minha cama estava toda suada. Olho para minha cama e depois para minha mãe, e falo:

- Mãe, eu juro que não fiz xixi. Eu não faço xixi na cama fazem três anos!

- Querida, tudo bem, não precisa ter vergonha! Mamãe não vai rir de você! - ela responde com um sorriso caloroso.

- Mãe, mas... - sou interrompida pela minha mãe.

- Nêmesis Solon, não discuta com a mamãe! Sai da cama para mamãe poder trocar o lençol! - ela fala com carinho.

- Mãe, meu nome não é Nêmesis, é Meci. Você sabe que eu não gosto de ser chamada por esse nome! - protesto.

Saí da cama para não criar problemas, sem protestar mais. Ela arruma a cama em silêncio. Mas, de longe, eu posso ver sua expressão despreocupada. Ela parecia angustiada. No entanto, enquanto ela troca os lençóis, percebo que sua expressão se torna cada vez mais tensa. Era como se estivesse lutando contra algo invisível. Sinto um arrepio percorrer minha espinha enquanto observo.

Posso remexer, mas não digo nada. A situação está estranha. Ela mudou do nada. Volto para minha cama, mas não consigo dormir. Minha mente está ocupada com pensamentos sombrios sobre o que meus pais estão escondendo de mim.

****

Acordo no meio da noite, envolta em uma escuridão densa. Consigo ouvir a voz dos meus pais conversando em murmúrios abafados. A curiosidade me impulsiona a me aproximar da porta do quarto deles, que estava entreaberta.

- Aconteceu de novo... Se ela continuar tendo aqueles pesadelos, eu não sei mais o que vou fazer... - diz minha mãe num tom preocupado, sua voz soando trêmula e cheia de ansiedade.

- Eu sei, Thalia... Mas o que vamos fazer? Não podemos contar a ela ainda... Você lembra do sonho que tivemos semana passada? Aquilo não era normal. Foi um pesadelo compartilhado. Eu falei isso no meu trabalho, e as pessoas acharam que eu era maluco... Não podemos contar agora - responde meu pai, sua voz grave ecoando no escuro do quarto.

Ouvindo aquilo, um sentimento de desamparo toma conta de mim. Eles estão escondendo alguma coisa, algo sinistro que nem sequer consigo imaginar. Meus pais juraram que nunca esconderiam nada de mim, mas parece que essa promessa está sendo quebrada.

- Querida, não estou pronto ainda. Não quero que ela se separe da gente - murmura meu pai, suas palavras soando fracas e cheias de incerteza.

- Greg, não temos opção. Nosso tempo está acabando, eu sinto isso. Ele disse que não era para contarmos a ela e esperarmos o momento certo, mas para mim, já passou da hora. Eu não aguento mais essa angústia, Greg. Precisamos tomar uma decisão - responde minha mãe, Thalia, com uma voz firme e decidida, mas carregada de medo.

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