❚20 -vai tomar no cu olimpo

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Acordei com batidas leves na porta e, antes que pudesse me situar, a porta já estava se abrindo

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Acordei com batidas leves na porta e, antes que pudesse me situar, a porta já estava se abrindo. Iphicles entrou com um sorriso enorme no rosto. Eu ainda estava deitada, usando meu pijama listrado de branco e azul, tentando entender o motivo da animação dele.

- Bom dia, Nêmesis! - disse ele, rindo. - Você acordou e parece que seu cabelo acordou junto!

Eu ri, meio envergonhada, e automaticamente passei a mão pelo cabelo, que estava completamente bagunçado. Dei um leve tapa no braço dele, brincando.

- Muito engraçado, Iphicles. - murmurei, tentando ajeitar o cabelo com as mãos.

Ele apenas riu mais e continuou:

- Sabe o que é ainda mais engraçado? O Matt fez o café da manhã!

- O Matt fez o café? - perguntei, desconfiada. A ideia de Matt na cozinha parecia meio absurda.

- Pois é! Ele está todo orgulhoso lá embaixo, dizendo que preparou um banquete. Vamos logo antes que ele coma tudo!

Me sentei na cama, ainda meio sonolenta, mas a ideia de um café da manhã me animou. Troquei de roupa rapidamente, e dei uma olhada rápida no espelho, tentando ajeitar o cabelo. Depois da noite anterior, era estranho como as coisas pareciam normais de novo.

Saímos do quarto, e o cheiro de café fresco e comida tomou conta do ar. O chalé em que estávamos não era pequeno, mas também não era grande. Do corredor, já dava para ver a cozinha, onde uma mesa estava posta. A mesa estava cheia de pratos: pão torrado, ovos, frutas, panquecas... e algo preto que não consegui identificar.

- O que é esse rato morto que tá em cima do prato? - perguntei, apontando para o prato misterioso enquanto me sentava.

Matt, que estava à mesa com um sorriso de orelha a orelha, respondeu, todo animado:

- Omelete! Fiz do meu jeito especial.

Eu olhei para o "omelete" desconfiada. Parecia mais um pedaço de carvão do que comida, mas não queria desanimar Matt, então sorri e peguei uma torrada.

Enquanto comíamos, Iphicles e Matt conversavam animadamente, como se nada tivesse acontecido na noite anterior. Era como se o episódio sombrio que presenciei tivesse sido varrido para debaixo do tapete. Eles estavam de bom humor, rindo e brincando, e por um momento, comecei a questionar se tudo aquilo realmente tinha acontecido.

Mesmo assim, a lembrança ainda estava fresca na minha mente. A dor na voz de Matt, o choro contido... Era difícil acreditar que ele era a mesma pessoa brincalhona que estava agora na minha frente, se gabando de suas habilidades culinárias duvidosas. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que havia coisas que ele estava escondendo, coisas que não eram da minha conta. Talvez ele quisesse manter as feridas do passado fechadas.

Afastei esses pensamentos e voltei minha atenção para o café da manhã, tentando aproveitar o momento. Afinal, ainda tínhamos uma missão pela frente, e momentos assim eram raros.

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