Capítulo 38

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Deixei Sn vendo a gravação no quarto e liguei para Rachel, eu precisava saber como estavam as coisas

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Deixei Sn vendo a gravação no quarto e liguei para Rachel, eu precisava saber como estavam as coisas.
Ao terceiro toque da chamada, ela atendeu.

~ Ligação On ~

— Meu filho, finalmente você ligou.

Ouvir a voz da mulher me deu alívio, mas não me deixou completamente confiante de que estavam seguras.

— Rachel, está tudo bem por aí? Conseguiram sair em segurança?

Eu ainda estava eufórico e já estava começando a sentir falta de ar. Aproveitei que Sn estava distraída vendo a gravação e tirei minha máscara para respirar melhor.

— Sim querido, nós duas estamos bem. Não se preocupe, estamos em um lugar seguro.

Joguei minha cabeça para trás respirando fundo e sentindo meu corpo pesar.

— Graças a Deus. Fiquei com medo de que chegassem até vocês. Como ela está?

— Assustada, mas está tudo sob controle.

Uma sensação diferente toma conta de todo o meu corpo, uma que eu só havia sentido uma única vez e que eu sinceramente odiava sentir. Medo.

— Como estão as coisas por aí, filho?

Suspiro um pouco antes de falar e olho para porta para garantir que estou só.

— Ainda estão um pouco complicadas! Mas acho que comecei a ter progresso. Em poucos dias vamos estar aí.

— Estamos ansiosas por isso.

*Sorri de leve e baixei minha cabeça um pouco*

— Dá um beijo nela por mim Rachel.

*A mulher concordou e desliguei o telefone*

~ Ligação Off ~

Fico mais aliviado por saber que as coisas estão indo bem. Agora só faltava uma última coisa para tudo sair como planejei, eu precisava deixar tudo pronto até o fim dessa semana, eu já sei o local perfeito para encontrar com o meu velho amigo.

Eu estava distraído arrumando minhas coisas que por um momento esqueci que ainda estava sem a minha máscara.

Foi quando tive a sensação de estar sendo observado, meu corpo gelou quando vi o reflexo da Sn pelo espelho parada na porta do quarto, me olhando com a boca aberta e olhos arregalados.

Merda...

— Sn... *Ela começou a recuar quando a chamei, e a segui com passos lentos* Eu posso explicar...

Antes que eu falasse mais alguma coisa ela saiu correndo, a segui chamando por seu nome, mas não tive sucesso. A mulher pegou uma das facas na cozinha e voltou a apontar em minha direção.

— Fica longe...

Ela falou e levantei meus braços em rendição.

— Abaixa essa faca...

Pedi em um tom de súplica. Mas a mulher segurava a faca cada vez mais firme em sua mão, comecei a me aproximar lentamente.

— Dê mais um passo... E eu acabo com você...

E lá está aquele olhar de novo, aquele olhar confiante, sério e decidido.

— Eu posso explicar... *ela me interrompeu antes que eu pudesse terminar*

— Não quero ouvir nada de você, cansei das suas mentiras.

Volto a me aproximar dela a passos lentos.

— Era por isso que eu não queria que visse o meu rosto. Sabia que ia reagir assim.

*Vejo Sn levar uma de suas mãos até sua cabeça, como se tivesse sentido dor*

— Quem é você?

Ela pergunta olhando em meus olhos e a sua expressão séria continua em sua face.

— Você sabe... *Tento me aproximar um pouco mais*

— Não... Se aproxime...

*Ela voltou a levar uma de suas mãos até sua têmpora, dessa vez fechando o olho*

— Você está bem?

Ela não respondeu, apenas voltou a me olhar.

— Não vou cair mais em seus joguinhos...

Ela tocou em sua testa mais uma vez fazendo uma expressão de dor e aproveitei o seu momento de distração para tirar a faca de sua mão. E isso foi o suficiente para fazer a garota reagir, ela começou a me golpear...

— Sn, para. Eu não quero e não vou te machucar.

Desviei de seus golpes e tentei convencer a garota a parar de me bater, mas é bem difícil.

— Mas eu quero te machucar... *Ela tentou me dar um soco e desviei mais uma vez segurando seu pulso e isso facilitou para que colocasse seu braço atrás das costas e a prendesse contra a parede.*

— Me agredir não vai te ajudar, você precisa me ouvir.

— Para ouvir mais de suas mentiras? Eu passo, obrigada.

Parece que fica mais teimosa a cada dia! Inferno!

— O que raios eu tenho que fazer para acreditar em mim? Eu já te dei todas as provas que queria, mas sinceramente não sei mais o que fazer.

Ela virou e se aproximou de mim, ficando cara a cara comigo.

— A sua tatuagem...

Olhei para ela com uma expressão confusa.

— O que tem a minha tatuagem?

— Por que ela me parece familiar? *Engoli em seco sem saber o que dizer*

— Eu...

*Eu estava prestes a responder quando ela levou as duas mãos até a cabeça e começou a resmungar de dor*

— Sn?

*Corri até ela para tentar ajudar, mas ela só conseguia gritar de dor e segundos depois, desmaiou.*

— Sn? *Tentei chamá-la, mas sem sucesso* Amber?

Tentei sacudir ela de leve, mas ela estava totalmente inconsciente.
Essa merda não devia estar acontecendo desse jeito.

Levei até ela de volta pro quarto, coloquei na cama, e mandei as coordenadas, data e hora marcada para aquele desgraçado traidor.

Sn estava começando a suar e murmurar alguma coisa, deve estar tendo um pesadelo.

Eu sabia que as coisas ficariam ruins quando ela visse meu rosto e era por isso que eu estava aguardando o momento certo, mas eu fui descuidado e agora ela está nesse estado, mas isso vai terminar muito em breve.




Boa noite e boa leitura :)

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