Esperança de um novo começo

Capítulo 28

POV AJAX

Eu sabia que ia ser difícil, só não sabia que ela estaria tão arisca.
Ainda bem que instalei câmeras de segurança pela casa, todas bem escondidas, acredito que ela não vá perceber.

Deixei apenas o banheiro dela sem câmeras.

Não quero invadir a privacidade dela quando estiver se trocando ou tomando banho. Tive que me livrar do celular dela por causa do GPS.

Eu estava trabalhando na criptografia das câmeras e dos meus equipamentos quando meu telefone tocou e eu vi o nome daquele velho na tela.

Eu já tô ficando de saco cheio com a insistência do Henry.

— O que foi agora? - atendi o celular e respondi o velhote sem nenhum pingo de paciência.

— Já faz tempo que não tenho notícias suas. Quero que me diga quando posso agir e pegar aquele desgraçado!

— De novo? - passei a mão na minha testa e respirei fundo, esse velho só pode tá me testando — Eu achei que tivesse sido claro da última vez.

— Você disse pra eu me afastar, e me daria notícias quando pudesse agir.

— Se não havia te ligado ainda então é porque ainda não é a hora, e você ainda tem a audácia de me ligar? - percebi a notificação que havia chegado no meu computador de uma tentativa de invasão.

— Estou perdendo a paciência com você, Ajax.

— E a minha já perdi a muito tempo. Se você mover um dedo sem a minha permissão, vai se arrepender - falei enquanto trabalho para impedir a invasão.

— E por quanto tempo mais vou ter que esperar, seu bastardo?

— O quanto for necessário, está tudo indo conforme planejei. Preciso de tempo para resolver um problema.

— Meus superiores já estão me colocando pressão, eu não tenho tempo para esperar.

— Então arrume uma bela desculpa Henry, não é hora de agir, vai colocar em risco vidas de pessoas inocentes, então espere o meu sinal, fim de papo.

Desliguei o celular e voltei a focar na invasão, esse imbecil realmente acha que pode quebrar minha criptografia?
Tudo bem, vamos dar uma colher de chá.

       ~ Chat On ~

— Finalmente te achei! Pensou que iria se esconder por muito tempo? - o palerma me mandou mensagem e aquilo me fez rir de um modo desafiador.

— Bom, quebrar a minha criptografia pra me mandar uma mensagem foi fácil. Quero ver mesmo é se você consegue chegar até mim, aí sim eu vou concordar que é realmente tão bom quanto dizem.

— Onde ela está? - Ele cortou qualquer papo e foi direto ao ponto, exatamente da maneira que eu gosto.

— Ah, Sn. Bom, ela está morta.

— Hahaha, boa tentativa. Sei que você não a matou.

Vai ser divertido brincar com a mente desse idiota, sorri de lado e respondi.

— Será mesmo? Eu posso muito bem ter amarrado ela em uma árvore na floresta e ter deixado ela de jantar para os corvos.

— Você não a matou.

— Como tem tanta certeza disso? - ele digitou e apagou várias vezes antes de responder.

— Porque ela é peça fundamental para completar sua vingança, você não a mataria assim.