CAP 07 - Think What You Want

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23 de maio de 2024
ELITE WAY SCHOOL
07:18 A.M

ANDREW PRESCOTT FOI ACOLHIDO POR NOAH URREA e seu grupo quando chegou ao colégio acompanhado deles. No hall de entrada do Elite Way School estavam Tony Montague, Logan Kennedy, Tyler Hawthorne e Any Fontaine. Os três garotos conversavam entre si enquanto Any observava o movimento quieta ao lado de Tony, esperando pela chegada de sua melhor amiga, Peyton. Eles pararam ao ver Andrew entrando ao lado do grupo rival. Noah e Tony se entreolharam com desprezo. Uma tensão se formou entre os dois grupos, mas nada aconteceu ali. De relance, Peyton avistou Any, mas a ignorou e seguiu em frente com Andrew e Noah.

Any revirou os olhos, profundamente chateada com Peyton pela garota se afastar dela e do grupo tão rapidamente. Lembrava-se dos tempos em que ela e Peyton eram inseparáveis, compartilhando segredos e sonhos. Agora, via-se à beira de um abismo emocional, temendo que a distância crescente pudesse destruir a amizade que sempre valorizou. Vê-la caminhando com Noah também lhe trouxe uma estranha sensação de ciúmes, pois ela sabia que a garota possuía interesse em Urrea. A sensação de traição misturava-se com a raiva e o ciúmes, criando um turbilhão de emoções que Any lutava para conter, sentia sua amizade de infância com Peyton começando a ruir dia pós dia e não gostava do sentimento de vulnerabilidade que isso lhe trazia.

A verdade era que Any Fontaine detestava qualquer coisa que a fizesse duvidar de seus próprios sentimentos. Gostava de ter tudo claramente definido em sua mente, desde as coisas que apreciava até as que desprezava. O desconhecido a assustava, e essa insegurança a enfurecia ainda mais quando se tratava de Noah. Não conseguia entender por que ele a rejeitava já que ela era a garota mais popular, desejada e bonita do colégio. Seu ego inflado clamava por uma explicação, por uma vingança, por uma necessidade desesperada de se provar. Any estava acostumada a ter quem quisesse, quando quisesse, e a incapacidade de conquistar Noah a deixava perplexa.

A situação se tornou insuportável quando soube do interesse repentino de Peyton por Noah. A presença dele a indignava em todos os aspectos. Sentia-se ultrajada por ele ser do time de basquete, e ainda mais perturbada pela atração avassaladora que sentia por ele. Não compreendia como poderia se sentir assim, já que, até avistar Noah, só tivera atração pelos jogadores do time de futebol. A vergonha e a raiva desse sentimento proibido a consumiam. Era simplesmente inaceitável que ela desejasse ficar com um bastardo do basquete. Any tentava reprimir essa atração a cada momento, mas a irritação só crescia à medida que o sentimento se fortalecia. Esse turbilhão de emoções a deixava vulnerável e perdida, algo que ela odiava sentir. O conflito interno entre seu desejo e sua aversão por Noah era uma batalha constante, desafiando tudo o que pensava saber sobre si mesma.

Noah Urrea detestava admitir que sentia atração por uma garota do time de futebol. Mesmo sem conhecer Any pessoalmente, ele já supunha que ela era tão arrogante quanto seu grupo e todos os que faziam parte daquele lado. Em certos momentos, sentia raiva de si mesmo por pensar tanto nela. Queria desesperadamente esconder de si mesmo o desejo de ficar com ela, mas não conseguia; afinal, era um desejo genuíno que o consumia. No entanto, não podia se trair dessa maneira. A regra de não se envolver com alguém do grupo rival também se aplicava ao pessoal do basquete.

Noah tentava se convencer de que Any era como os outros, mas, inconscientemente, cada vez que a via, a atração só aumentava. Sentia-se preso em um conflito interno entre seu dever para com o grupo e seus sentimentos por Any. O desejo reprimido de ficar com ela era uma batalha constante, corroendo sua determinação aos poucos, por isso, a culpa o consumia, e a necessidade de esconder seu desejo se tornava uma obsessão. Noah sabia que, se alguém descobrisse, isso poderia comprometer sua posição no time de basquete, mas a cada encontro visual com Any era um lembrete doloroso de sua fraqueza, e a tensão entre os grupos só amplificava seu tormento, uma luta que o deixava cada vez mais frustrado.

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